Às vezes eu penso que gostaria de encontrar um amor verdadeiro. Olha que frase romântica? Ah, mas isso definitivamente não combina comigo. É a fase em que vivo, cansada das baladas. Mas nunca achei ninguém interessante na fila do supermercado ou na padaria. Portanto, continuo com minhas baladinhas. Confesso que o happy hour anda sendo mais convidativo. Ser balzaquiana não é fácil, minha gente. Porém, isso é uma tentativa de melhorar a qualidade dos gatos que ando de olho. Sim, porque eu gosto de conversar. Quem não gosta, não é? E na noite, de forma geral, a única garantia é de você encontrar sexo, e nem sempre de boa qualidade.  Às vezes, penso em dar uma sapeada no time das meninas. Mas sei que gosto de homens e com H de preferência.

Cheguei a conclusão que não tenho talento para casamento. Mas por que não ter uma relação estável? Estou analisando que isso é muito possível, sem ter que se desgastar morando na mesma casa. Enquanto isso não acontece, vou curtindo a vida. Como me disse uma amiga, “só na curtição”. Ficar descomprometida e não pensar em nenhuma expectativa no dia seguinte. Ando praticando muito isso, depois de algumas lambadas da vida. É sempre assim: a gente só aprende tomando no cu. Quem me dera ter a experiência que tenho hoje, sem ter sofrido. Isso é praticamente impossível.

Chega de divagar sobre a vida, que quero contar sobre meu affair da semana passada, que foi uma delícia. Achei um gato na balada, para variar. Tomamos uns drinks, ficamos nos beijos, abraços e amassos, mas sem sexo. Achei ele tão bacana e com bom papo (além das pegadas, óbvio), que usei aquele joguinho antigo “acabei de te conhecer e hoje não vou vou dormir com você”.

Depois disso saímos para jantar, e apenas na 3ª vez que nos encontramos, resolvi dar para o belo. Fomos para um motel e no caminho já foi rolando várias preliminares. Ele começou a me tocar dentro do carro e me disse um monte de frases calientes, que fiquei mole. Eu não sou da baixaria, mas adoro quando alguém me chama de gostosa ou percebe que estou molhada (se souber me pegar, fico rapidinho, rs).

Quando entramos no quarto, eu já estava louca. Ficamos naquele amasso forte, muitas mãos em muitos lugares e um foi tirando a roupa do outro, na maior empolgação. Aí, fui fazer um boquete nele e pasmem, ele não deixou. Disse que a prioridade era eu. Não me fiz de difícil, não. Deixei ele me chupar à vontade. Praticamente disse a ele “be my guest”, que é uma expressão inglesa que adoro: fica à vontade, meu lindo!

Enquanto ele me fazia aquele sexo oral magnífico, ele massageava meus seios. Com firmeza, mas sem machucar. Desculpa, mas posso dizer que senti no céu? Na hora pensei: esse é o cara (e não é da música do Roberto Carlos, rs). Na verdade, a única coisa que pensei é que com aquele gostoso na minha cama, eu precisava me superar, isso sim. Porque eu só pensava em repetir aquilo, que era muito, muito bom! Então, após a primeira parte da diversão, fui proporcionar mais alegria na vida daquele bom moço. Tem mulher que não gosta de sexo oral. Eu adoro e me divirto. Mas nem precisei fazer muito, ele já estava a ponto de bala. Ele estava louco para me comer. Nessa hora, depois de preliminares muito bem feitas, a matemática é muito simples, em qualquer relação: alguém quer dar e o outro comer. Primeiro, ele me pegou na posição “papai-mamãe”, que muita gente fala que é sem graça, etc. Eu adoro! Amo sentir o corpo do outro em cima de mim, e o vai-e-vem, sentindo a respiração dele. Isso me tira do corpo. Depois ele me pediu para ficar de 4. Na primeira pegada, ele me deu um tapinha na minha bunda e me chamou de gostosa. Acreditem, mas nunca ninguém tinha feito aquilo comigo e foi demais! A sensação foi melhor do que eu pude imaginar. Aí fui ao clímax total. Já tinha gozado umas duas vezes. Depois que ele gozou, ficamos na cama deitados, ofegantes e rindo. Ainda bem que ele também tinha gostado.

Ele me ligou no dia seguinte, mas já ficou evidente que dessa relação só vai rolar sexo. Melhor que nada, não é?

 

 

Mente, mente

(de: Robinson Borba / Intérprete: Ney Matogrosso)

 
Por favor chegue cedo
E abra a porta devagar
Devagar, devagar
Cante uma canção lenta
Lenta, lenta, lenta, lenta
Ou ligue o rádio baixo
Baixo, baixo, baixo, baixo…
Deite ao meu lado calmamente
Mente, mente, mente, mente
E me aperte furiosamente
Mente, mente, mente, mente
E me deixe alto, alto, alto…
Daí eu te prometo
Prometo sim
Te deixar
Mole, mole, mole…

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