Uma mulher que amou demais, que sofreu por este amor e que persistiu, amando e acreditando em dias melhores – até quando pode. Eu vejo muito de Frida Kahlo em cada uma de nós, mulheres reais, que carregam suas dores, suas angústias, seus medos, mas que mesmo assim enfrentam cada um deles com coragem e arte para fazer os dias difíceis se tornarem mais leves e coloridos. A gente sofre por amor, as vezes adoece por ele. Frida se casou por duas vezes com Diego Riviera seu grande amor –insistindo numa relação que para muitos parecia sem sentido. Quem nunca se deu outras chances para uma relação que acreditava dar certo?


A gente quase enlouquece com padrões de beleza – em busca de uma perfeição photoshopada apresentada pela mídia, para depois perceber que somos fascinantes do jeito que somos e podemos ser ainda mais – exatamente com a mesma quantidade de celulite – tanto faz. Isso porque a todo instante a vida mostra para quem quiser ver que para ser feliz e contagiar o outro com encantamento e felicidade, não é preciso entrar num 38 larguinho, nem ter músculos definidos – é preciso alegria e atitude diante da vida. É preciso querer ser. Frida quis e foi. Mesmo com um corpo frágil, pela poliomielite na infância e um acidente de viação quase fatal, quando ela tinha 18 anos, que a obrigou a ter mais de 30 operações, incluindo a amputação da perna em seus últimos anos, ela se amou – admirou.

“Pés, o que eu preciso deles para, se tenho asas para voar?”

Frida conseguiu encarar de frente as tragédias de sua vida e criar uma imagem exótica e sedutora ao seu redor, com seus pelos faciais, suas saias longas, espartilhos e autorretratos surrealistas. Ela criou um estilo único, o estilo Frida.
Aprendeu a se amar e se conhecer. Fez história e se tornou um ícone da arte moderna, destacando sua cultura indígena mexicana. Uma mulher real, com seus erros e acertos. Com seus defeitos e encantamento. Dá para olhar para a história desta mulher e se inspirar.

‘Pensavam que eu era uma surrealista, mas eu não era. Nunca pintei sonhos. Pintava a minha própria realidade.’

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=ly6JO6l1X-E

Fragmentos de Frida
Após 60 anos, o guardarroupas de Frida, guardado a sete chaves por Diego Riviera seu marido e depois pela amiga do casal, Dolores Olmedo, será aberto ao público. A exposição “ As aparências enganam: os vestidos de Frida Kahlo” começa dia 22 de novembro deste ano e será no Museu Frida Kahlo, na Cidade do México. Dá tempo de se programar e ver de pertinho fragmentos desta mulher revolucionária.

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