A britânica Angela Saini, é uma jornalista de 36 anos, especializada em ciência. E, pode não parecer, mas ela se surpreendeu ao deparar com teses científicas que ainda hoje sugerem algum tipo de inferioridade feminina em relação ao gênero masculino.

Ela decidiu questionar esses pontos reunindo uma série de teses que atribuem às mulheres características — biológicas ou comportamentais — desfavoráveis em relação aos homens e resolveu confrontar todas elas com pesquisas científicas que dizem exatamente o contrário.

O resultado disso foi o livro Inferior: How Science Got Women Wrong (Inferior: como a ciência se enganou com as mulheres, em tradução literal), que ainda não tem previsão de lançamento no Brasil.

 

 

Angela falou um pouco sobre o caso James Damoore, funcionário da Google que foi demitido por escrever uma carta contra a igualdade de gêneros – falamos também sobre isso em uma matéria que você pode ler aqui.

“A igualdade é um valor universal, é um direito humano. O que é certo, nesse caso específico do Google, é que a entrada das mulheres num território essencialmente masculino, como o da tecnologia, parece estar ameaçando os homens. Alguns temem perder espaço para mulheres que ascendem, e isso faz com que busquem justificativas para impedir esse movimento.”

A jornalista ainda reforça o porquê a ciência ainda é sexista e como precisamos lutar para que isso mude. Ela afirma que a ciência surgiu dentro de um contexto cultural em que a mulher era vista de forma diferente do homem. “Homens são promíscuos, mulheres, monogâmicas; homens são fortes, mulheres, frágeis; homens são provedores mulheres, dependentes.” Este ponto de vista sexista conduziu a sociedade até pouco tempo. Então, não é de se surpreender que a ciência tenha seguido o mesmo caminho, reproduzindo estereótipos e baseando seus estudos em suposições herdadas da sociedade.

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