Com o intuito aumentar a participação de mulheres e da comunidade LGBT no mundo sindical e de discutir seus desafios no ambiente de trabalho, a União Internacional dos Trabalhadores na Alimentação (UITA) realiza em Brasília (DF), entre os dias 12 e 13 de julho, a sua terceira reunião do Comitê Latino Americano de Mulheres (Clamu). Representantes do Brasil, Argentina, República Dominicana, Costa Rica, Peru, Nicarágua, México, Uruguai, Panamá e Estados (representando o comitê internacional) participam do evento.

 

Para a presidenta do Clamu, Patrícia Alonso, há um sério problema na política e no sindicalismo mundial de pouca representação feminina, mesmo com a maioria da população sendo de mulheres.  “Isso é algo preocupante. É uma verdadeira necessidade haver maior participação de todos nos diálogos e nas questões que parecem ser apenas do universo feminino. E estamos aqui para, aos poucos, derrubar essa disparidade”, explica.

 

“No setor de turismo, hospitalidade e alimentação, cerca de 60% dos cargos são de mulheres. Mesmo assim, a diretoria dos sindicatos de representação desses setores é composto majoritariamente por homens.

 

 

 

 

Além da equidade de gênero nas diretorias sindicais, o evento também discute os desafios da comunidade LGBT no ambiente de trabalho e os preconceitos que a classe enfrenta no dia a dia. “Estes eventos nos proporcionam a oportunidade de falar das nossas vidas, do preconceito no trabalho, na família e na sociedade, como somos excluídos pelo simples fato de termos uma orientação homosexual. O tema LGBT não é considerado no mundo sindical, mas a minha inserção na diretoria sindical foi emblemática. De passo em passo, estamos conseguindo conquistar o nosso espaço”, afirma Gisele Adão, membro do coletivo LGBT UITA e diretora do Sindicato da Alimentação do Sul de Santa Catarina (SINTIACR).

 

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