Você é daquelas que não consegue ver uma liquidação que já corre para dentro da loja? Você não está sozinha: em um estudo do SPC, 85% dos entrevistados disseram que já compraram algo por impulso.

É só ver uma oferta e pronto: você já tem a desculpa perfeita para comprar. “Vale a pena!”, você se diz. Mas espere um pouco: vale a pena para quem? Para você, ou para a loja?

O problema é que somos muito imediatistas. Queremos tudo para ontem! Para completar, vivemos em uma sociedade que estimula o consumo o tempo inteiro. Só que se você não tomar cuidado, pode acabar se enrolando – e muito. A taxa de juros no cartão de crédito está em 422,5% ao ano, o que quer dizer que a sua dívida mais do que quintuplica a cada ano. Uma dívida pequena, se ignorada, pode crescer a uma velocidade vertiginosa.

Além disso, o consumismo pode virar doença: é a oniomania. Nestes casos, as pessoas não conseguem parar de pensar em tudo aquilo que desejam comprar. O vício em compras é tão grave que o ato da compra passa a ser mais prazeroso do que o item que você comprou em si. Assim que chega em casa, a pessoa com transtorno de compras já nem lembra o que comprou – e fica só com a ressaca de todos aqueles gastos.

 

 

Para você evitar as compras por impulso, sugiro adotar a prática do Qué-prê-mê-pó-dê (perdoe o trocadilho!). Antes de fazer qualquer compra, você precisa tirar alguns minutos para pensar e responder as seguintes questões:

  1. Quero mesmo aquele item? – muitas vezes, a vontade é passageira. Se você tirar 10 minutos para pensar em algum outro assunto (olhar o Facebook, mandar uma mensagem no WhatsApp, tomar um café), você ainda vai lembrar daquela vontade?
  2. Preciso dele? – ou será que você já tem algo no armário parecido? Você vai usar aquilo de fato?
  3. Mereço? – essa é complicada, pois a gente tende a justificar para tudo: “ah, eu mereço!”. Mas espere um pouco – será que você merece mesmo, ou está descontando alguma frustração naquela compra?
  4. Posso? – tenho dinheiro para fazer esta compra? Ou já estou toda enrolada no mês?
  5. Devo? – aquela compra faz de fato sentido na sua vida? Ou é algo que você poderia passar bem sem?

Se você responder “Sim” a todas estas questões, então aproveite e faça a compra sem culpa! Se não, é melhor segurar um pouco o impulso.

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