Já falamos aqui sobre como ainda há poucas mulheres ingressando ou em altos cargos nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática (CTEM).

Embora as mulheres representem 57% dos graduados em todas as outras áreas, na CTEM elas oscilam entre 18-19% dos diplomas apenas.

Já na área profissional, onde as mulheres representam 47% dos funcionários, na CTEM são apenas um quarto dos postos de trabalho em ciências matemáticas, enquanto em engenharia apenas 13%.

Porém, mesmo nesse ambiente ainda desigual de gêneros, tem 3 áreas em que elas já dominam: estatísticas, botânica e saúde.

Com isso em mente, o portal Fast Company conversou com líderes nestes domínios sobre suas áreas, números e informações interessantes sobre como as mulheres ganharam espaço nesses campos.

Saúde

Vários estudos mostram que os doentes do sexo feminino preferem ser atendidos por outras mulheres.

Antes de fundar a Maven, uma clínica digital para as mulheres, a CEO Katherine Ryder trabalhou na indústria de capital de risco, ambiente dominado por homens. Essa experiência ajudou a projetar uma empresa que não só atende às necessidades específicas de pacientes do sexo feminino, mas também serve como um veículo para empregar e capacitar os profissionais de saúde do sexo feminino.

As mulheres representam quase 80% da força de trabalho de saúde nos EUA, de acordo com o Bureau of Labor Statistics, apesar da participação em cargos de liderança ainda serem baixos. “Apenas cerca de 21% dos executivos de saúde e membros do conselho são do sexo feminino, e apenas cerca de um terço dos médicos são mulheres”, disse Ryder para o site Fast Company.

Botânica

As mulheres representam 46% na área de ciências biológicas. Entre as vertentes disponíveis, botânica é a que mais as tem atraído.

Elizabeth Welch, do jardim botânico de Chicago, disse que seu interesse no cultivo de plantas surgiu aos oito anos. “Explorar a natureza na infância é uma importante fonte de inspiração para estudar ciência mais tarde na vida”.

“Sem uma forte orientação, pode ser difícil navegar por certas carreiras, mas particularmente nas ciências, que são muitas vezes dominadas por homens”, explica Havens para enfatizar a importância de se ter mentores.

Havens queria ajudar os outros da mesma forma. Então, iniciou uma parceria com a Conservation Land Management para preparar a próxima geração de botânicos, proporcionando forte liderança feminina,  orientação e reduzir o preconceito de gênero em setores dominados por homens.

Estatísticas

As mulheres estão em maior número entre os estatísticos graças, em parte, ao aumento de postos de trabalho e o fascínio de trabalhar com big data. Mais de 40% dos diplomas na área são concedidos às mulheres.

David Morganstein, presidente da Associação Americana de Estatística, acredita que as mulheres são atraídas para o campo devido ao seu colaborativismo.

“Nossa profissão é muito aberta e acolhedora e, como resultado é muito diversificada”, acrescenta. Ao apreciar a magnitude, complexidade e importância dos problemas que a sociedade enfrenta, Morganstein diz: “Nós percebemos que precisamos de todo o talento que podemos encontrar para abordar estas questões e temos espaço para qualquer pessoa com as habilidades e a paixão para resolvê-los.”

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