CCXP (Comic Con Experience) evento que aconteceu de 03 a 06/12 e reuniu toda fauna e flora nerd. rpgistas, serieistas, cinéfilos, hquistas. O lugar onde fãs de star trek e star wars se abraçam. E um ambiente que emana tanta harmonia não poderia faltar painéis que discutissem a representatividade feminina nas HQs.
O painel “Mulheres na cultura Pop” foi mediado pela Rebeca, do blog Collant sem decote, e contou com a presença da colorista Cris Peter, que já fez trabalhos para Marvel, DC e Dark Horse., da mangaká Erica Awano, conhecida no meio por Holy Avenger e das roteiristas Meredith Finch, conhecida pela nova fase da Mulher-Maravilha e Amy Chu, roteirista da Hera Venenosa.
Iniciou-se o painel com cada uma contando como foi a sua inserção no mundo dos quadrinhos o que foi interessante ver dois contra pontos, principalmente entre a Amy Chu e Meredith Finch. Finch, a mais nova no mundo profissional dos quadrinhos, disse que não sentiu nenhum tipo de resistência do mercado, já Amy Chu, talvez a mais velha de casa, relatou ter sofrido diversas provocações pelo fato de ser mulher em seu início de carreira, principalmente vindas de colegas de curso, chegando a ser “desafiada” a escrever uma história do Deadpool – coisa que está em vias de concretização pois foi convidada pela Marvel para roteirizar o mercenário tagarela.
Pós relatos, abriu-se para perguntas de um público heterogêneo, que iniciou sobre como elas veem o “Women in refrigerators”, artifício usado por roteiristas que sacrificam personagens femininas, em sua maioria de forma cruel, para tornar a história mais “interessante” e alavancar a personagem masculina. Chu evidenciou nesta pergunta a importância de mulheres roteiristas, pois há várias formas de se tornar uma história interessante sem usar esse artifício e que esse tipo de roteiro é o que acaba afastando as mulheres dos quadrinhos, pois não é porque não há o interesse feminino por heróis e sim porque não há um reconhecimento das leitoras com as personagens femininas, algumas vezes nós nos reconhecemos nas masculinas pela melhor construção deles e acabamos nos afastado das femininas pela forma displicentes que são usadas e construídas. E a forma de reverter esse cenário são mulheres roteirizando, desenhando e consumindo HQ.
O segundo questionamento rodou em torno da diferença salarial. A única que afirmou já ter presenciado a diferença foi Erica Awano, as outras afirmaram que nunca presenciaram algo deste tipo pois geralmente recebe-se por demanda de trabalho e também nunca é divulgado os valores contratados. Mas algo que Amy Chu apontou é a diferença como homens e mulheres se portam na hora da contratação. Homens são mais seguros e desde o início sabem o quanto querem receber já as mulheres ficam felizes em serem pagas, esse tipo de comportamento possivelmente favorece a diferença salarial entre os gêneros.
Levantou-se a discussão sobre a memória das mulheres quadrinistas, já que atualmente as mulheres estão com mais voz, porém não é de hoje que mulher faz quadrinhos. Cris Peter disse que há sim um resgate da memória dessas mulheres e um ícone nesse assunto é Trina Robbins, que já desenhou para Mulher Maravilha e criou o visual da Vampirella e a 30 anos se dedica a fazer esse resgate. Chu também relatou um caso para corroborar com a importância deste resgate, em uma Comic Con ela encontrou no Artist Alley Ramona Fradon, ilustradora do Aquaman na década de 50 e 60, que estava simplesmente esquecida em um canto e vendia seus originais a preços absurdamente menores do que valia uma obra desenhada por alguém que está no Hall da Fama do prêmio Eisner.
Finalizando o painel todas mostraram a importância de falar sobre seus trabalhos em painéis, isso inspira outras mulheres a seguir esse caminho já que o caminho é difícil, porem possível.
* Deborah Mundin, é bióloga e amante da cultura pop (Hqs, Games, séries, etc).
It seems that Genova, despite writing a novel that features the strength of women, should have chosen between an emphasis on the autistic child and the storyline of these two women coming together. I don’t know anyone with autism, but from what I’ve gathered, every person who has it is unique. Mu&v8#s217;te made it a challenge for the author to breathe life into Anthony.