Durante painel do Web Sumimit, feira de tecnologia que está acontecendo em Lisboa, Portugal, foi apresentado um estudo sobre o papel das mulheres na área de tecnologia. Considerando uma lista com as 100 empresas mais inovadoras do mundo, apenas 8% dos colaboradores são mulheres. Bem, nem vamos precisar falar em quantas delas estão no cargo de liderança, já q temos uma participação tão pequena delas no mercado. Isso porque ainda crescemos 1%, o número anterior era de 7% de participação das mulheres.
Em relação aos investimentos 10% foram aplicados em start-ups que têm pelo menos uma mulher entre os fundadores. Em um dos painéis foi abordado a igualdade de gêneros na liderança das empresas e a investidora Susana Quintana-Plaza considera que as duas razões que levam as mulheres a não ter sucesso na indústria da tecnologia pode ter relação com o fato de as mulheres não serem incentivadas, desde cedo, a terem mais confiança e se arriscarem mais, ao contrário do que acontece com os homens, que são criados para se posicionar, serem mais firmes, e isso acaba influenciando na contratação, mesmo que as mulheres sejam melhor qualificadas. Além disso, ela ainda diz que homens tendem a contratar outros homens, por acreditar que eles pensam e agem da mesma forma que eles.
“Odeio quando me pedem que eu aja como um homem. O que as pessoas precisam entender, é que as pessoas são diferentes, e só assim é que podem aprender umas com as outras”, afirmou a investidora.
O painel contou também com a participação de Sarah Morgan, fundadora e diretora da “Girl Geek Academy”, que defendeu que “num mundo dominado por homens, a mudança e a criação de oportunidades para as mulheres tem de partir de ambos os lados”, e um dos conselhos que ela deu a todos os presentes foi incisivo:
“Mulheres, acreditem em vocês mesmas”. Já aos homens, foi taxativa: “Contratem mais mulheres, vai valer a pena”.
Ainda estamos em desvantagem no mercado, em uma grande desvantagem, mas aos poucos estamos mostrando ao mundo que somos tão capazes quanto qualquer outra pessoa de ocupar cargos de liderança, de estarmos em áreas que não são vistas como femininas como engenharia, tecnologia e até mesmo no esporte. Nossa luta não para e vamos conquistar o mundo, apenas porque merecemos tanto quanto um homem.