A ONU Mulheres está participando da 4ª Cúpula Ibero-Americana de Agendas Locais de Gênero, que começou no dia 15 e termina hoje, na região de Cuenca, no Equador. Como não poderia deixar de ser, a abordagem é sobre a igualdade de gênero e empoderamento feminino na gestão municipal.

O encontro reúne lideranças políticas ibero-americanas, para falar sobre governança municipal para a igualdade de gênero e o empoderamento político das mulheres para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

 

Diretora regional da ONU Mulheres para Américas e Caribe, Luiza Carvalho, inaugura encontro com lideranças políticas municipais de países ibero-americanos sobre empoderamento político das mulheres para igualdade de gênero e o cumprimento da Agenda 2030. Foto: ONU Mulheres/Camila Almeida

 

 

A experiência do Brasil está sendo compartilhada por Camila Almeida, gerente de programas da ONU Mulheres, que ficou responsável por apresentar o projeto Cidade 50-50: Todas e Todos pela Igualdade.

Lançado em 2016 por ONU Mulheres e parceiros, o projeto Cidade 50-50 propõe às administrações públicas subnacionais a implementação de uma agenda de gestão territorial participativa com perspectiva de gênero, com a intenção de  avançar com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) no nível local.

 

Gênero e desenvolvimento local

Com o tema “Direitos das Mulheres e Igualdade de Gênero na Democracia e no Desenvolvimento Local: Desafios para a Agenda 2030”, a 4ª Cúpula Ibero-Americana de Agendas Locais de Gênero teve início na terça-feira, dia 15. O encontro foi promovido por ONU Mulheres para Américas e Caribe, Secretaria Geral Ibero-Americana (SEGIB), União Ibero-Americana de Municipalistas (UIM), prefeitura de Cuenca, Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Friedrich-Ebert-Stiftung (FES) Equador, Comissão Interamericana de Mulheres (CIM), Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) e Universidade de Cuenca.

 

 

Luiza Carvalho, diretora regional da ONU Mulheres para Américas e Caribe; Marcelo Palacios, prefeito de Cuenca; e Guido Piedrahita, presidente da UIM e governador de Caldas, na Colômbia, abriram o evento. Line Barreiro, cientista política, pesquisadora do Centro de Documentação e Estudo do Paraguai e consultora da ONU Mulheres, fez a exposição de introdução, e Flavia Sánchez, diretora da Unidade de Gênero da UIM, moderou o debate. Arnaud Peral, coordenador residente da ONU no Equador, também participou das discussões.

Em seguida, a ONU Mulheres para Américas e Caribe e a União Ibero-Americana de Municipalistas coordenaram o “Diálogo Político de Mulheres Líderes em Espaço Local Ibero-Americano”. Lideranças da região analisaram os desafios para o empoderamento político das mulheres no governo local. Estiveram entre os temas abordados: participação das mulheres em organizações políticas, violência política em razão de gênero e os compromissos das mulheres políticas com a agenda de gênero.

Progresso na região

Na manhã de hoje, foi apresentado o painel “O Progresso das Mulheres no Mundo: transformar as economias locais para realizar os direitos das mulheres”. A ONU Mulheres apresentou para prefeitas e prefeitos os principais resultados do “Relatório Progresso das Mulheres na América Latina”, e discutiram os temas de proteção social e cuidados, eliminação da violência contra as mulheres e empoderamento econômico das mulheres. O objetivo é que as autoridades avaliem os problemas da região, discutam as recomendações e como aplicá-las para o desenvolvimento dos municípios.

Projeto Cidade 50-50

O projeto “Cidade 50-50: Todas e Todos pela Igualdade” é promovido pela ONU Mulheres Brasil e conta com a parceria do Tribunal Superior Eleitoral, do Instituto Patrícia Galvão – Mídia e Direitos e o Grupo de Pesquisa Demodê, da Universidade de Brasília.

A iniciativa visa impulsionar a participação política das mulheres e a igualdade de gênero na governança municipal. Traduz a estratégia global da ONU Mulheres Por um planeta 50-50 em 2030: um passo decisivo pela igualdade de gênero, propondo uma Gestão Pública Territorial Participativa com Perspectiva de Gênero.

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