Não sei se todas vocês viram, mas rolou no último Paris Fashion Week um desfile da desejada Chanel onde as modelos levantavam placas de protesto à favor dos movimentos feministas, meio ambiente e contra as guerras. Muita gente curtiu porque curte qualquer coisa que o Kaiser Karl faça. Mas muita gente fez careta já que a própria indústria da moda explora a sensualidade da mulher, usa a imagem feminina como objeto e dita regras duras de beleza e tudo mais.
Acho que dá pra gente pegar leve e aplaudir o tal desfile. A marca acertou em cheio ao tocar num assunto mais que atual. E não é isso que a moda tem que ser? Atual?
Há uma ou duas semanas, num discurso digno de uma Fernanda Montenegro, Emma Watson – aquela bruxinha que a gente conheceu quando ainda era criança e hoje é embaixadora da ONU Women – conseguiu abordar esse mesmo assunto tão polêmico de um jeito muito mais eficaz – minha opinião. O que ela fez? Tirou o foco dos problemas femininos e apresentou ao público os percalços que o machismo traz para a sociedade, para mulheres e homens. Um jeito completamente novo de ver um problema tão antigo.
Ela não se limitou ao que nós, mulheres, encaramos. Ela também falou sobre os dilemas enfrentados pelos homens em suas esperadas posturas de “macho”: não podem se emocionar, não podem ganhar menos que suas namoradas/esposas, não podem fracassar.
E ao unir os pontos, homem e mulher, Emma Watson falou sobre os benefícios igualdade de gêneros. Deixou de lado o “depilar-se ou não” e falou sobre um mundo melhor.
A princípio achei meio estranho uma menina tão nova falar sobre um assunto tão pesado e importante. Mas logo depois, percebi que isso era um pouco de preconceito da minha parte. Só por que ela é nova, ela não pode me dar uma lição? Pode, sim! E deu.
O discurso dessa pequena mulher levou homens e mulheres a pensar numa sociedade igual, de pessoas que colaboram umas com as outras para um presente melhor e um futuro ainda mais promissor.
Espero, ansiosamente, por esses dias!
#HeForShe
