Esses dias eu estava lendo um artigo aqui no Plano Feminino e me deparei com uma situação do qual já venho refletindo há tempos. Como as mudanças comportamentais dos últimos 40 anos influenciam em nossa vida hoje. Às vezes, me dá raiva daquelas mulheres que queimaram o sutiã na praça. Nossa vida era tão boa, sem responsabilidades maiores, sem se preocupar com as contas da casa, uma vez que o homem cuidava de tudo isso (leia o artigo até o final para não me achar uma paspalha). E hoje, nós temos que suar a camisa, dividir as contas (isso quando não pagamos sozinhas), fazer tripla jornada, pois a vida familiar continua, e ainda por cima, caçar o par perfeito, no caso das solteiras. Temos que ficar ligadas o tempo todo se a pessoa que trabalha do nosso lado pode ser um bom pai para nossos filhos. Ou então, se aquele canalha que a gente conhece na balada, vai algum dia deixar de ser galinha, caso eu resolva tirar uma casquinha. Essa vida moderna não é fácil.
Brincadeiras a parte, quem já estudou um pouco mais sobre como eram as coisas antes dessa “revolução”, sabem que a vida não era exatamente um mar de rosas e que a busca pela igualdade resultou em coisas muito significantes para nós, principalmente em assuntos relacionados ao mercado de trabalho. Hoje é inadmissível pensar em mulheres altamente capacitadas que ganham menos que os homens, apenas por serem mulheres. E olha que isso ainda existe.
Só que com essa mudança de valores, apareceu uma competição no lado emocional. As mulheres tentam se igualar ao homem na parte sentimental e sexual. Muitas vezes, elas nem percebem, e vão à caça como quem sai para tomar um sorvete. Se colocam disponíveis como as frutas da banca da feira. Não sou contra em ir atrás do que se quer, porém a forma como andam fazendo isso não está trazendo bons resultados, ou então só traz resultados “one night stand”. As mulheres estão misturando “ter atitude” com “facilidade”. E quem procura estabilidade amorosa, ou seja, um parceiro(a) fixo(a), alguém para dividir as peripécias da vida, não vai conseguir dessa maneira.
Nesse ponto sou diferente de muitas mulheres. Eu acredito que as diferenças entre os sexos são muito boas e salutares. Adoro aquela velha frase “o que seria do azul se todos gostassem do amarelo”. Adoro ter minha independência financeira, fazer os meus programas, ter minha vida nas minhas mãos. Mas odeio ter que ser mais “saidinha” se quiser que um homem me olhe. Odeio pensar que ninguém mais me tira para dançar, que aquele flerte natural, em que o homem tinha que dar o primeiro passo, não existe mais. Ou pelo menos, em que ele achasse que estava dando o primeiro passo, porque as mulheres sabem ser espertas e sutis. Mas ninguém faz mais isso, não. A comunicação está direta demais. Claro que estou sendo genérica, mas exceção é exceção. Se alguém achar a exceção, me avisa!
Em contrapartida, os homens estão muito inseguros, acomodados e muitas vezes, assustados com tudo isso. E a