Mulheres e marcas têm muita coisa em comum para mim: ambas fazem parte do meu cotidiano, sou fascinado pela influência que as duas exercem sobre o mercado e eu, no fundo, não entendo absolutamente nada delas.
Obviamente, essa é uma generalização. Aliás, qualquer referência a "mulheres" como um organismo único e homogêneo é sempre uma generalização sujeita a grandes equívocos.
Bom, já que cometer equívocos é o que faço de melhor, segue aí um paralelo (fictício, é claro) entre o relacionamento das mulheres com as marcas e suas formas de lidar com os homens.
A Escrutinadora: assim como ela lê as mensagens no celular, vasculha os emails e cheira o colarinho das roupas do companheiro, ela compra apenas marcas que conheça muito bem. E ainda assim, desconfia. Mesmo que a marca não cometa um único deslize ela dificilmente vai sair por aí elogiando, afinal, não fez bobagem hoje, mas pode fazer amanhã. Por outro lado, enquanto estiver tudo certo é extremamente fiel.
A Cega de Amor: é praticamente o oposto da Escrutinadora. Perdoa vacilos, ignora problemas e ama, ama, ama tudo o que a marca faz. Sabe aquela mulher que vê o companheiro roncando bêbado na sala e acha "fofinho demais"? É ela.
A Solteira Convicta: não suporta a mesmice. Experimenta sempre marcas novas até para descobrir o que elas têm de melhor em relação às outras que ela já conhece. Não é promíscua, longe disso, mas não admite limitar suas opções ao que simplesmente satisfaz. É o perfil de mulher que se encanta com marcas (e homens) que saibam se reinventar e deixa claro quando gosta.
A Rainha do Lar: casou-se com uma marca e se acostumou com ela. Conheceu até possibilidades promissoras, vislumbrou relacionamentos melhores, mas nunca moveu uma palha por puro comodismo. Compra sempre a mesma quantidade, na mesma época, mas não se entusiasma muito com nada.
A Despudorada: relacionamento para ela é crime. O que ela quer é mais, de qualquer jeito e com qualquer diferencial. Seu apartamento tem centenas de sacolas de marcas diferentes de um mesmo produto. Fidelizar aqui é, mais do que um sonho, uma impossibilidade.
Claro que faltam muitas outras, mas acho que dá pra ter uma ideia. Pronto, agora podem descer a paulada.