Esta é uma semana cheia de discussões sobre gênero e política em Brasília. Está acontecendo por lá o Seminário Internacional Equidade de Gênero: Representação Política de Mulheres na Escola Nacional de Administração Pública, o Enap, com parceria da série Diálogos Nórdicos. Durante o evento vai acontecer diversos debates com questionamentos a respeito de como a cultura patriarcal atua em relação à equidade de gênero na política, os desafios que as mulheres enfrentam para ocupar um cargo político e também como chegarmos ao tão desejado patamar de igualdade nas cidades até 2030.

O evento tem a colaboração de frentes importantes como Embaixadas Nórdicas (Noruega, Finlândia, Dinamarca e Suécia), a UnB (Universidade de Brasília), a ONU Mulheres Brasil, ONGs e agentes independentes. Além destas ações, haverá na Câmara dos Deputados a pauta da reunião confirmada da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher nesta quarta-feira, 13 de junho, também falando sobre mulheres na política.

A ideia dessa parceria com Diálogos Nórdicos, é ampliar as ideias de soluções que podem ser colocadas em prática para alguns desafios no Brasil em relação à equidade. O projeto tem o objetivo de engajar a população e criar diálogos mostrando experiências da região nórdica que estão funcionando muito bem por lá. Neste ano, os especialistas irão debater no evento como a equidade de gênero pode ser extremamente benéfica para a sociedade e também todas as vantagens da igualdade para a política, economia e bem-estar.

 

 

O projeto abrange, além dos aspectos políticos, também os pedagógicos e culturais pra fortalecer e consolidar as perspectivas nórdicas e brasileiras. Para isso, o projeto segue as recomendações da agenda 2030, que tem como objetivo trazer equidade, e as escolhas são sempre inspiradas nas Metas de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas. O projeto continuará por três anos e, em 2019, terá como foco as relações entre instituições e indivíduo, e em 2020 no desenvolvimento responsável e sustentável.

O Brasil hoje tem uma cultura de equidade, diante de tantas lutas que estamos fazendo nos últimos anos, o que não significa que essa ideia tenha sido assimilada por todos e não há dúvidas de que ainda existem discriminações e obstáculos sociais como o racismo e xenofobia para serem enfrentadas. Ainda há muito o que batalhar pra chegarmos na igualdade salarial e a presença de mulheres em cargos de liderança.

Na Noruega, há uma política de cotas que estabelece um mínimo de 40% de cada gênero nas lideranças das empresas estatais e listadas na bolsa de valores e que essa iniciativa, veio do partido conservador do país. Percebemos que temos ideologias em comum, mas as discussões lá são tratadas de forma bem diferente que aqui, afinal, eles vão direto ao objetivo e pensam na forma de como fazer com que as ideias aconteçam e não ficam paradas na questão se isso vai pra frente ou não, como acontece por aqui.

 

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