A data de hoje, 08 de maio, foi eleita o Dia Mundial do Câncer de Ovário.
O objetivo de ter um dia para o tema é aumentar a conscientização sobre o segundo tipo de câncer ginecológico mais comum e a sétima causa de morte por câncer na população feminina.
O câncer de ovário é considerado um “mal silencioso”, pois os sintomas podem aparecer quando a doença já está em estágio avançado, tornando difícil seu tratamento.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) prevê que 250 mil novos casos surjam anualmente no mundo e a estimativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA) alerta para 5.680 novos casos no Brasil.
Mais comum em mulheres acima de 40 anos, a neoplasia ginecológica é considerada a mais letal: 140 mil mulheres morrem a cada ano.
De acordo com oncologista e diretor do Cetus-hospital dia, Charles Pádua, 75% dos cânceres no ovário já estão em estágio avançado quando é feito o diagnóstico, por isso a taxa de mortalidade é alta. “Isso acontece pelo fato de o ovário ter espaço para crescimento e esse aumento de volume se dá de forma indolor. Entre o início da doença e o aparecimento dos sintomas podem se passar meses”, conta.
Apesar de ser o tumor ginecológico mais difícil de ser diagnosticado e o de menor chance de cura, se descoberto precocemente pode ser retirado com cirurgia, sem que haja a necessidade de quimioterapia e radioterapia. “Para que isso aconteça a mulher deve estar ciente dos sintomas que são desde sangramento anormal, emagrecimento repentino, dor pélvica, perda de apetite, dores abdominais, complicações intestinais, entre outros”, pontua o oncologista.
Nos últimos tempos o câncer de ovário ganhou destaque na mídia em razão da cirurgia preventiva realizada pela atriz Angelina Jolie, que retirou os ovários através de um procedimento denominado ooforectomia. A atriz descobriu por meio de um exame que era portadora da mutação genética BRCA1 e que tinha 50% de chances de desenvolver essa anomalia.
Imagem divulgada na máteria da Folha de S. Paulo “Após tirar mamas, Angelina Jolie remove ovários para evitar câncer”.
Não existe uma causa específica para a doença, porém os fatores de risco como histórico familiar, a reposição hormonal pós-menopausa, o tabagismo e a obesidade devem ser observados. “Ainda não há um método de diagnóstico precoce muito efetivo para o câncer de ovário, fator que dificulta bastante a detecção da doença em fases iniciais”, conta Pádua.
Para prevenir a doença ou mesmo detectá-la precocemente é necessário estar em dia com exames e idas ao ginecologista.
Vamos colocar nos Planos deixar os exames em dia?