Falar na Disney automaticamente já vem uma porção de coisas mágicas em nossas cabeças. Porém, sabia que na década de 30 as mulheres não eram aceitas para trabalhar lá em todas as áreas?

Prova disso é a carta que vamos reproduzir abaixo, enviada pela empresa para Mary V. Ford em 7 de junho de 1938 e recentemente encontrada e postada no Flickr por Kevin Burg, neto de Mary. “É um marco para percebermos como as coisas mudaram desde então”, escreveu em sua publicação.

Na época, a avó de Burg tentou uma vaga na área de criação, a qual eles contratavam apenas “jovens homens”. Se ela quisesse trabalhar na Disney teria que atuar em outras funções, como arte-final e coloração

Veja abaixo a imagem da carta e logo em seguida sua tradução:

cartadisney

“Querida Senhorita Ford

Sua carta foi recebida em nosso Departamento de Arte-Final e Coloração para resposta.

Mulheres não fazem nenhum trabalho criativo relacionado à preparação dos desenhos, já que o trabalho é realizado inteiramente por jovens homens. Por essa razão, garotas não são consideradas para a escola de treinamento.

O único trabalho aberto às mulheres consiste em fazer o contorno com tinta dos personagens em folhas de papel e no preenchimento dos traços no verso, conforme instruções.

Para se candidatar às funções de arte-finalista e colorista é necessário comparecer ao estúdio, munida de caneta, tinta e trabalhos feitos em aquarela. Não é aconselhável vir a Hollywood com essa intenção específica em mente, já que são realmente pouquíssimas as vagas disponíveis em comparação ao número de mulheres que se candidatam.

Walt Disney Productions, Ltda.”

Felizmente, isso é passado, tanto que o último grande sucesso deles, a animação Frozen, foi a primeira obra a ter em sua direção uma mulher, Jennifer Lee, que divide os créditos do filme com Chris Buck.

 

Veja ainda um vídeo mostrando como a área de criação da Disney ficava separada das demais:

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