Chanel, the vocabulary of style é o novo livro de Jerome Gautier que conta um pouco mais sobre a estilista francesa que mudou o comportamento das mulheres e fez história no mundo da moda.

Gabrielle Chanel ganhou fama por criar sua própria moda. Inspirada na mulher moderna e independente que deseja comodidade lançou um estilo atrevido e informal que ofuscou os brilhantes vestidos de festa da época.

A estilista pensava muito à frente de seu tempo e criou looks que libertou as moças que eram vítimas de uma moda penosa e sofrida, devido ao uso do espartilho. Devolveu às mulheres a capacidade de rir e comer sem se sentir mal, e o movimentos dos braços e pernas, que antes ficavam presos em vestidos super apertados, se libertaram quando lançou sua coleção esportiva e uma linha feita em algodão leve. Depois, lançou sua primeira coleção de alta costura também pensando na liberdade das mulheres. “Recorto, ajusto e suprimo tudo o que incomoda o corpo e limita o gesto”, afirmava à estilista.

Seu primeiro sucesso foi um modelo de vestido sem gola, seguido do estilo marinheiro criado por ela que conquistou as francesas. Chanel se tornou uma estilista pioneira e foi recebida de forma calorosa pela melhor clientela de Paris.

Com o reconhecimento, Chanel se empenhou em deixar suas criações ainda mais sofisticadas e com um modelo simples fez história no mundo da moda quando em 1926 lançou o famoso vestidinho preto. O modelo foi considerado um atrevimento para a sociedade da época – a cor preta era usada exclusivamente pela monarquia que representava o poder – e o comprimento do vestido mostrava muito as pernas da mulher. Quando questionada sobre a escolha do modelo ela respondeu: “Antes de mim, ninguém tinha se atrevido a vestir-se de preto. Prefiro o negro sisudo com o qual as freiras de Aubazine se vestem à efusão de tons pastéis”. Depois disso o preto se transformou em sua marca pessoal.

Com criações cheias de estilo e personalidade o “estilo Chanel” era desejado por todas as mulheres e assim suas criações começaram a ser copiadas, mas ao invés de se preocupar, considerou as cópias como publicidade e uma homenagem ao seu trabalho.

Com a fama e o sucesso, Coco começou a participar ativamente da sociedade burguesa e fazendo muitas viagens, o gosto pelo luxo ficou evidente e se refletiu em uma nova linha de vestidos de festa. Seu corpo andrógeno, muito magro e sem curvas, permitiu que ela própria se tornasse garota propaganda de sua marca. Chanel aparecia em público usando gravatas, sapatos baixos e gabardines e isso acabou desenvolvendo um estilo andrógeno minimalista inspirado em uma elegância confusa entre o masculino e feminino que é tendência até os dias de hoje. Coco Chanel afirmava que algumas mulheres estão sempre vestidas demais, porém nunca muito elegantes e essa dica fica para nós mulheres até hoje!

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