Você já se apaixonou por alguém que nem sonha que você está afim dele? Por alguém que está tão próximo e ao mesmo tempo tão longe? Pois bem, estou nessa situação. Nos últimos tempos, tenho sido cuidadosa com meu coração, pelos vários traumas que ele já passou. E, sinceramente, não pensei que ia passar por uma dessas.
Conheci o Alex no trabalho, numa negociação. Ele representando um dos lados e eu o outro. Desde esse dia, trocamos telefones, MSN, e começamos a nos falar com freqüência. Em pouco tempo parecíamos amigos de longa data, como se nos conhecêssemos desde crianças. Depois de muito bate papo online e alguns happy hours, comecei a sentir uma coisa diferente. Mas não dei muita bola, pois até então eu não estava encarando o Alex como um partido potencial. Como disse uma amiga, “você tem a síndrome do amigo”, afinal, fico amiga de todo mundo. E é mais ou menos por aí mesmo. Mas houveram alguns momentos em que o clima parecia estar no ar, como se de alguma forma, ele também tivesse me notado. Só que com o passar do tempo, percebi que ele não se insinuava de fato, deixava as coisas muito nas entrelinhas, e eu, sinceramente, odeio isso. Gosto de tudo preto no branco, mas nem sempre isso é possível.
Até que um dia, numa conversa online, Alex me contou que tinha uma namorada. Aquilo, como diria Maysa, “meu mundo caiu”. Aquela informação simplesmente não se encaixava no meu cérebro. Eu não conseguia entender, como uma pessoa por tanto tempo não havia sequer comentado o simples fato de ter alguém.
Nisso, pirei de verdade e comecei a bolar uma teoria da conspiração na minha cabeça. Primeiro, comecei a achar que ele tinha algum interesse em mim, afinal, por que esconder um fato desses? Depois comecei a achar que ele não devia ser muito apaixonado por ela. Ou que esse namoro era passatempo. Pasmem, mas eles namoravam há mais de quatro anos.
Paralelamente, ele continuou nossa amizade como antes. Me chamava online, me convidava para alguns programas. Só que a namorada começou a participar. Aí, conheci a distinta e minha cabeça terminou de dar um nó. A relação deles parecia ser bacana, eles pareciam se entender. E comecei a me sentir a sobra do pedaço, o candelabro italiano. Ah não, hein? Pensei comigo: “vou reagir, antes que seja tarde”. A melhor idéia que tive foi fazer uma “sessão remember” com um ex-namorado. Esse ex vivia me procurando, dando umas paqueradas e ver se em algum momento eu daria uma chance. Até então, isso não me passava pela cabeça, pois éramos completamente diferentes. Não era à toa que nosso namoro não tinha vingado. Mas o caso era emergencial.
Alguns dias depois, saí com meu ex. Fomos jantar e depois acabamos num motel. Nós namoramos dois anos e por isso, não havia necessidade de ficar fazendo charme. Afinal, eu queria tirar o Alex da minha cabeça. O bom de tudo isso, que tive uma noite fantástica. Além da intimidade, o ex sabia exatamente como me pegar e do que eu gostava. Como era bom transar com alguém que me conhecia! Eu nã