Cristina Palmaka, é uma mulher que mostra a que veio e que tem muitos planos pra realizar. Presidente da SAP Brasil, empresa de tecnologia e soluções em software para empresas ela tem pulso firme, fala com segurança e é admirada por quem trabalha com ela. Formada em Ciências Contábeis pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), Cristina tem pós-graduação e MBA pela Fundação Getúlio Vargas e extensão pela Universidade do Texas. Casada há 20 anos e com uma filha de nove anos, Cris relata que assim como as demais executivas também teve de tomar decisões profissionais pautadas na vida pessoal. “Tive a oportunidade de morar fora do País muitas vezes. Quando minha filha tinha quatro meses recebi uma proposta dessas, mas abri mão.”

Sua carreira começou como estagiária da Philips, aos 16 anos, depois foi para a Compaq-HP onde ficou por 10 anos, Microsoft e, aos 24 anos, conquistou seu primeiro cargo de gestão. “Sou muito séria e disciplinada. Gosto de montar times, por isso me destaquei cedo. Gosto de ver as pessoas crescerem e para mim o mais importante é deixar um legado”. Em outubro de 2013 passou a ocupar principal cadeira na SAP, a primeira mulher em 20 anos da história da fabricante alemã em solo nacional. Como mulher, ela disse que nunca enfrentou nenhum tipo de preconceito no trabalho:

 

“Sempre trabalhei em empresas muito abertas com grande presença feminina na liderança. Na SAP, por exemplo, temos 36% de funcionárias mulheres, sendo 26% delas líderes.”

Para conquistar os espaços que quiserem, Cris deixa algumas lições importantes. Ela diz que estar sempre atualizada independentemente do segmento e buscar soluções fora da caixa são essenciais, além de entender qual é sua melhor competência e trabalhar para fortalecê-la e, por último, definir objetivos claros. “Minha jornada exigiu muita dedicação. Escolha o caminho que você acredita e faça as apostas corretas”.

Desde 2013, Cristina ocupa o cargo de presidente da SAP Brasil e ela contou pra gente como surgiu o convite para um cargo tão importante, em um ambiente que normalmente é dominado por homens: “Eu já tinha trabalhado na SAP entre 2009 e 2010 e estava acostumada à cultura da empresa. Foi uma decisão complexa, afinal, a posição envolve muita responsabilidade. Minha equipe é de mais de 1.500 pessoas no país. O desafio era muito grande, já que a SAP estava em um bom momento em todo o mundo e minha meta seria melhorar ainda mais o desempenho da companhia no país. Receber um convite do tipo fez com que eu me sentisse muito honrada.”

 

 

Mãe de uma menina chamada Catarina, Cristina diz que conciliar a maternidade com a carreira é um processo bastante desafiador, mas que vale a pena, se você quer investir na carreira, além da família, mas que ter disciplina é algo essencial em qualquer aspecto da vida. “Eu sempre fui uma pessoa muito estruturada por natureza e isso demanda um grau de disciplina muito grande. Além de ser mãe, também sou casada e tenho um marido espetacular. Além disso, também corro maratonas. É por isso que preciso ter uma disciplina incondicional para conseguir programar tudo e respeitar os horários. O que costumo fazer é destacar os compromissos que são imprescindíveis e que não podem ser negociados, sejam eles profissionais ou familiares. Quando você cria uma agenda com seus eventos não negociáveis, é mais difícil se frustar, porque algumas coisas vocês realmente não vai conseguir fazer. Sei que algum um dia não vou conseguir buscar a minha filha na escola, mas nos finais de semana me dedico à família. Eu tenho trabalhado menos aos sábados e domingos. Se tenho algo muito importante para finalizar, cuido das pendências em horários alternativos. Quando estou com a minha filha, esse momento é exclusivo dela.”

Além de se dedicar à família e o seu hobby, que é correr, Cristina tem um plano incrível: ela quer que cada vez mais mulheres se sintam incentivadas a seguirem carreira na tecnologia e destaca as habilidades que as mulheres têm para serem o que quiserem ser: “As mulheres podem agregar muito à área de tecnologia. Esse mercado é inovador e para ter sucesso é preciso entender o que acontece na indústria. Escutar o cliente, saber quais são suas prioridades e o que ele deseja é um desafio nessa área. E, de forma geral, as mulheres são muito boas para escutar pessoas. Elas articulam muito bem e essa é uma competência muito valorizada no segmento de tecnologia. A mulher também é resiliente. Ela pode até ouvir um não, mas sempre busca outra forma de resolver o impasse.”

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