Dia do amor: Menos coisas, mais amor

Eu não quero discutir com o vídeo que vou apresentar no final deste post, elementos visuais, imagens, signos, gráficos, harmonia ou ideias de criação e produção. Isso a gente já fala frequentemente. Nós, gente da comunicação, nos doutrinamos a isso, analisar, encontrar pontos fracos, fortes, enfim…destrinchar peças criativas e dissertar sobre elas, para nosso bel prazer.  Mas não é essa a intenção. Quero falar sobre algo muito mais sublime e valoroso, que me inspirou ao ver e compartilhar este vídeo. Quero falar sobre o amor, sobre a vida e o tempo que escorre pelas nossas mãos.

Me deparei com este vídeo e quer seja ou não novidade para você, sinceramente não me interessa. O que interessa aqui, já falei, tem um valor muito maior. Muito mais valioso do que furos de reportagem, projetos executados e conquista de novos clientes. Eu tô falando de amor puro, incondicional, verdadeiro. Aquele que nosso coração sente com um cafuné de mãe, um abraço apertado de pai e o sorriso de um filho. Tô falando de sentimentos. Sabe, a vida passa rápido, ontem mesmo eu tinha 16 e hoje nem te conto. Passou rápido, está passando. Me lembro de minha infância com detalhes tão minuciosos que as vezes é difícil acreditar que já tenho 33, ops, escapou, não precisava falar isso aqui! Mas é isso, a vida é sensível e muitas vezes nos esquecemos disso. Vou confessar que já dei muito valor à coisas e coisifiquei muitas pessoas. Já me esqueci de amar e deixar que me amassem em busca de coisas. Isso acontece e quando a gente percebe, não é o fim, dá para voltar atrás e se permitir mudar.

O ritmo frenético que vivemos, nos transforma em seres descartáveis. Se você não se atualiza está obsoleto e se atualizar freneticamente requer tempo. Para isso, abrimos mão de momentos/pessoas importantes, em prol das coisas que acumulamos em nossas estantes, guardarroupas, garagem, vida. Nos coisificamos de uma forma tão grotesca, que as vezes ou quase sempre, nos esquecemos do amor. O amor verdadeiro.  Da retribuição do amor. Daquela visita à casa dos avós – do tempo para ouví-los falar sempre as mesmas histórias e ainda sim, demonstrar atenção, respeito e carinho.  Da declaração de amor à sua mãe, seus irmãos – da forma mais natural e sincera. Daquelas horas brincando com seus filhos, desconectado de suas redes sociais e vícios – dedicando seu tempo apenas a fazê-los ter recordações inesquecíveis da infância que tiveram ao seu lado. Da atenção ao seu homem/mulher – da entrega sem reservas. De se olhar no espelho e ser sincero com você mesmo, sobre seus erros e acertos. De se amar e amar o outro com suas qualidades e defeitos – e tudo isso é difícil pra caramba, eu sei. Mas precisamos tentar, e conseguir só fará bem a nós mesmos. Pode acreditar. Amanhã pode ser tarde demais e você pode ter perdido a chance de fazer a diferença na vida de alguém.

Quer ver só? Quantos abraços sinceros você deu hoje? Quantos sorrisos? Já reparou se lá fora chove ou faz calor? Conseguiu olhar além da tela de seu monitor? Precisamos nos “descoisificar”  e fazer com que nossas vidas não passem sem que tenhamos desfrutado do puro, singelo e verdadeiro amor.  Afinal, Veríssimo já disse um dia: Felicidade é a certeza de que a nossa vida não está se passando inutilmente. Assista =)