Em um relacionamento é comum que as mulheres se entreguem mais. A gente sempre se empolga e acredita na máxima “se nada der certo, pelo menos experimentei”- e na maioria das vezes se ferra,certo? Enquanto a gente se envolve, eles entregam apenas a língua – eu explico. Cientificamente está comprovado que as mulheres são mais emotivas e tem mais sede de compromisso que os homens.

 

Cerca de 90% deles não querem nada sério. Os outros 10%, estão comprometidos ou pelo menos tentando se comprometer. Buscamos ajuda profissional para entender melhor esta relação entre homens e mulheres. Segundo a psicóloga especialista em Psicoterapia Cognitivo – Comportamental e Análise de Comportamento, Silvana Catto, ao longo da história da humanidade homens e mulheres tiveram papéis distintos – a velha história de que o homem tem sido educado a estar na posição de caçador e a mulher a ter o comportamento modelado para uma postura de espera.

Outro fato determinante para o comportamento afetivo-sexual é o componente familiar. Cada grupo familiar se organiza de uma forma, distribuindo a cada membro (ainda que de forma sutil e implícita) papéis específicos e reforçando comportamentos construídos ao longo da vida. A partir disso foi instalado o “desencontro”: enquanto a mulher tende a agir de forma emocional, criando expectativas, fantasiando um “vir a ser”, o homem entrega seus sentidos no “aqui e agora”.

Admita: é só tesão!
Segundo a psicóloga, a hora do beijo somos seduzidas pelo momento e não pelo que de fato está na nossa frente. Ficamos agoniadas de perceber que é puro tesão e projetamos o beijo para muito além do que ele simplesmente é. “Embora a independência feminina tenha levado a mulher a desenvolver habilidades muito importantes para a sua sobrevivência e qualidade de vida, o arquétipo feminino de fragilidade e o ideal romântico parece predominar. Para boa parte das mulheres, aspectos filo-histórico-culturais ainda interferem na má resolução da autoestima, comprometendo suas escolhas em alguns momentos. Os homens ainda parecem mais hábeis na realização pela satisfação imediata dos desejos, o que mantém a diferença”, explica Silvana.

Conforme a especialista, de forma geral, a mulher está desenvolvendo recursos cada vez mais próprios para trabalhar as relações afetivas e suas perdas. Se recompõe mais rápido para um relacionamento, se aperfeiçoa para se autossustentar e está se comunicando melhor no sexo – goza mais! Da independência financeira à independência emocional, uma nova mulher vem sendo construída – MESMO. Num olhar mais otimista conseguiria vislumbrar com tudo isso, num futuro, o beijo perfeito: homem entregando mais a sua alma e mulher entregando mais a sua língua. Aprendizado mútuo. Fantasia e realidade entrelaçadas num equilíbrio que leva a vínculos maduros e bem mais saudáveis. E claro, o prazer mais completo. O que acham?

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