As eleições de meio de mandato nos Estados Unidos, conhecidas como midterms, aconteceram nesta terça-feira, (6), e o que marcou os resultados e tornou desse momento um grande avanço, é que o Congresso terá uma participação maior de mulheres e muito mais representativa!

Até agora, o número máximo de cadeiras para as candidatas era de 84, e com essa nova projeção a expectativa é de que aumente para 100. E toda essa mudança de cenário só foi possível graças ao esforço de muitas mulheres da comunidade LGBTQ+, negras, latinas e indígenas que lutaram por esse espaço menos conservador, caracterizado pelo governo do republicano Trump.

Ayanna Pressley se tornou a primeira mulher negra eleita por Massachusetts para o Congresso. Em seu perfil no Instagram, ela publicou:

“Juntos, sonhamos com o que é possível. Juntos temos sido audaciosos para redefinir este momento. Afirmamos que, embora esse possa parecer o momento mais sombrio de nossa história, nós não deixaremos que seja. Nós seremos definidos por nossas esperanças e não por nossos medos. Temos sido ousados ​​em nossa visão e claros em nossa convicção.

Levantando e afirmando o que somos: Capital próprio. Justiça e Igualdade.

 

Nós não estamos apenas fazendo história por fazer. Nós não estamos apenas derrotando o ódio por necessidade. Estamos emitindo aqui e agora um mandato de esperança. Esta noite é apenas o começo.”

 

 

https://www.instagram.com/p/Bp3oCFWnDPk/

Já as deputadas Rashida Tlaib e Ilhan Omar são as primeiras muçulmanas, eleitas por Michigan e Minnesota, respectivamente.

A conquista de Omar (a segunda da foto, da esquerda para a direita) foi muito significativa. Ela é de origem somali, grupo que habita a região do Nordeste Africano, e chegou aos Estados Unidos há 20 anos atrás como refugiada. Rashida é filha de imigrantes palestinos, e há 10 anos se tornou a primeira muçulmana da Assembléia Legislativa de Michigan.

Veronica Escobar e Sylvia Garcia foram as primeiras latinas a assumirem uma cadeira pelo estado do Texas. A candidata Sharice Davids é indígena e lésbica, e foi eleita pelo Kansas, e Alexandria Ocasio-Cortez, de 28 anos, é a mais jovem a chegar na Câmara dos Deputados, eleita por Nova York.

Todas elas são do Partido Democrata, que é um dos dois partidos do sistema atual dos Estados Unidos, ao lado do Partido Republicano, mesmo de Donald Trump. Ou seja, a vitória de tantas candidatas representa uma resistência contra um governo racista e xenófobo, como é o do atual presidente.

Foto: Brian Snyder – Reuters

 

Essa onda de representatividade também começou a aparecer por aqui, de maneira mais tímida, e vemos que apesar do cenário crítico no nosso país, as mulheres ganharam espaço na Câmara.

Sabemos que é apenas o começo de uma grande mudança, mas seguiremos assim, lutando por lugares mais DIVERSOS e REPRESENTATIVOS, especialmente na política! #NegrasOcupam

 

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