Ser empreendedor é para quem pode e não pra quem quer. Eu explico: morando num país onde o custo do dinheiro e impostos estão entre os mais altos do mundo, investir e receber  um retorno positivo fica cada vez mais difícil. É desafiador e requer um plano muito bem feito, para que o sonho de ter o próprio negócio não se torne um pesadelo.  Nos primeiros dois anos, muitas pessoas desistem de empreender, por não suportar a pressão e a ausência de uma carteira assinada.  Ou pior, por terem entrado na onda do momento e não ter  imaginado que empreender não significa apenas ser A DONA DO NEGÓCIO, mas arregaçar as mangas e fazer acontecer – custo o que custar.  Como eu sempre falo, empreender vai além de selfies em eventos legais e frases motivacionais nas mídias sociais.  se você não tirar o bumbum da cadeira e correr atrás, nada vai acontecer. É mais que pegar carona na moda, é ter atitude para transformar o caos em oportunidade, quando não se tem nenhum negócio fechado e tudo o que você precisa é pagar suas despesas fixas. Acha que pode fazer isso com brilho nos olhos? Então seja bem-vinda.  Junte-se a mais de 7 milhões de brasileiras que  decidiram ser donas de seus planos e estão dando um show de competência, escrevendo uma nova história. Elas empregam, chefiam seus lares e aquecem a economia como nunca antes na história deste país.  Demais,né?

Há alguns anos as mulheres empreendiam para ficar mais perto de seus filhos, cuidar melhor da casa e dar uma ajudinha extra na renda familiar. Hoje somos maioria nos bancos das universidades, nos preparamos para sair de casa e tirar nossos planos do papel e do improviso.

A pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM), mostra que o Brasil atingiu o nível mais elevado de empreendedores por oportunidade dos últimos 12 anos e isso é incrível!

Com de 71% dos Empreendedores Iniciais por oportunidade (e 28% por necessidade), o país está à frente dos 5 países do grupo dos BRICS, onde a proporção de empreendedores por oportunidade chegou a 61% na Índia, 65% na Rússia, 66% na China e na 70% na África do Sul.

No Brasil, nós mulheres estamos equiparadas aos homens neste cenário, empreendendo e mostrando que somos capazes de ir além. Segundo pesquisas do Sebrae, a taxa de sobrevivência das micro e pequenas empresas lideradas por nós  é maior e isso porque somos mais disciplinadas e cautelosas em tomadas de decisão no mundo dos negócios.  Numa gestão mais humanizada e menos agressiva, vamos conquistando números positivos a nosso favor. Isso prova que a sensibilidade feminina é um coringa em nossas mãos e que não precisamos deixar a feminilidade de lado.

De olho em nossa performance como empreendedoras,  a agência  IFC (International Finance Corporation) , braço do Banco Mundial para projetos privados, anunciou que destinará R$ 1 bilhão à expansão do acesso ao financiamento para pequenos e médios negócios tocados por mulheres no Brasil.

Que a gente possa enfrentar os desafios de empreender num país que tem muito a evoluir e mostrar que somos capazes de muito mais. Que novos números e novas conquistas estejam em diversas outras pesquisas.  E que você encontre uma causa para abraçar. Porque empreender é isso. Vai além da grana,  do modismo, da pompa.  Empreender é todos os dias acordar e militar por uma causa que nos torna mais felizes e apaixonadas pela vida, enfrentando o que vier com a sensação de estar no lugar certo e fazendo a coisa certa.   Atitude e boa sorte!

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