Na última terça-feira, no Avery Fisher Hall do Lincoln Center, a Filarmônica de Nova York, depois de 14 mil apresentações em 170 anos, foi vítima da inconveniência de uma pessoa que com seu Iphone ligado e tocando “marimba”, concorria com a Nona Sinfonia do tcheco Gustav Mahler. Pela primeira vez em todos estes anos a Filarmônica precisou interromper o concerto para que o proprietário do celular pudesse desligar seu bendito aparelho e permitir que todos apreciassem a apresentação. Para isso foi preciso que o diretor da Filarmônica, Alan Gilbert descesse do palco e se dirigisse até o cidadão questionando: – Está desligado? Vai voltar a tocar?
Uma situação constrangedora e terrivelmente presente entre nós nos dias atuais. Inconveniência.
Quando li esta notícia me lembrei das dezenas de reuniões que participei no ano passado, com executivos dispersos em seus Iphones – em meio a apresentações estratégias importantes.
Me lembrei de pessoas que conheci que mesmo em momentos de descontração não conseguiam se desconectar de seus aparelhos, na ânsia de tuitar, conferir e-mails e postar fotos no Instagram, sem nenhuma consideração com quem estava ali, do seu lado. A desculpa? “Não posso me desconectar, não consigo”. Sem comentários.
Já imaginou você em um encontro, e a pessoa não para de responder mensagens e tuitar? Daí para não ficar sozinha, você também liga seu Iphone e ambos começam a – paralelamente – conversar com terceiros em seus aparelhos? Bom, no meu caso eu me levantaria e iria embora, mas existem pessoas que curtem esta situação – eu respeito. Em outros casos, existem pessoas que apenas suportam – eu lamento.
Vivemos na era ONLINE, isto é fato. Mas manter o bom senso é fundamental, por isso, pense antes de deixar o celular ligado em uma reunião, evento ou encontro. Existe vida fora da internet e se desconectar faz bem.