Um estudo recente, feito pela Associação Americana de Psicologia (APA) nos Estados Unidos, mostra que pessoas que sofrem casos de racismo e discriminação étnico-racial na infância tendem a desenvolver quadros depressivos na adolescência, ter um menor desempenho acadêmico e também maiores chances de se tornarem dependentes químicos.

De acordo com os pesquisadores, jovens asiáticos e latino-americanos apresentaram índices de transtornos psicológicos maiores, e em segundo caso, os negros. Isso se dá ao fato de que as pessoas do primeiro grupo se sentem como “eternos estrangeiros”.

 

 

Segundo o Pew Research Center, centro que fornece informações sobre questões e tendências dos Estados Unidos e do mundo, o número de asiáticos que migraram para o país cresceu de 19% para 36%, entre 2000 e 2010. Porém, de alguns anos para cá, o debate sobre as políticas de imigração se intensificaram cada vez mais, especialmente devido a rejeição desses grupos minorizados, motivando inclusive, o aumento dos crimes de ódio.

A análise da pesquisa foi feita com 214 artigos científicos, que envolvem 91.338 adolescentes sob 11 diferentes indicadores de bem-estar.

Outro ponto levantado, é que o entendimento de diferenças raciais e étnicas começa MUITO cedo: com apenas 6 meses de idade. Um outro estudo, realizado por Katz e Kofkin, em 1997, também já havia apontado que as crianças são capazes de “categorizar raças não-verbalmente” por volta dessa mesma idade.

 

Já os estereótipos culturais ligados a cor da pele são percebidos mais tarde, aos 10 anos, quando as crianças já sabem o que é discriminação, seja explícita ou de maneira mais velada, e também já são capazes de formar, ou reproduzir, opiniões e preconceitos baseados em suas próprias experiências em relação à raça. Elas já são capazes de notar que EXISTE uma diferença de raça.

 

Entretanto, sabemos que muitas das vezes a questão racial é ignorada. E ignorar raça é gerar ignorância. Por isso, é tão importante tratar desse tema logo na infância, em vez de silenciar a criança, como acontece em muitas situações onde ela reproduz alguma frase ou atitude racista. Somente assim, construindo uma educação mais humana e igualitária, que poderemos começar a criar um futuro de equidade.

 

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