A gente sabe o quanto somos perseguidas como mulheres e temos que lidar com o machismo, com o medo do assédio, do estupro e tantas outras coisas que rodeiam a nossa cabeça. E não, não é mimimi, isso é muito sério e vemos todos os dias casos que comprovam esta situação pela qual temos que passar. Agora, além de tudo, temos que suportar que pessoas espiam nossas redes sociais e nos perseguem com isso. Na segunda-feira, o Facebook comunicou que estava investigando relatos de que um dos seus engenheiros de segurança estava usando seus privilégios de acesso a dados para stalkear mulheres online e em seguida afirmou que o funcionário foi demitido.

O engenheiro de software da empresa aproveitou do seu poder de ter acesso ao banco de dados para encontrar perfis de mulheres cadastradas no Tinder e assediá-las pelo Messenger.

Quem descobriu que isso estava acontecendo foi Jackie Stokes, fundadora da empresa de segurança Spyglass Security. Na segunda, dia 30, Jackie fez vários tweets dizendo que tinha evidências dessas perseguições que o funcionário do Facebook fazia e divulgou uma captura de tela na qual mostra uma mulher assediada pelo funcionário por meio de mensagem. E o melhor disso tudo ~temos uma ironia aqui~ é que ele ainda se autodescreve como um “perseguidor profissional”. Parte da conversa divulgada por ela, diz o seguinte:

 

“Eu também tento adivinhar quem são os hackers na vida real… Então sou um perseguidor profissional. E, por força do hábito, eu tenho que dizer que você é difícil de encontrar”, afirma o empregado. Como resposta, ele recebe o seguinte questionamento: “Então é isso que você tá fazendo agora mesmo? Tentando me perseguir na internet?”

 

https://twitter.com/find_evil/status/990800499447353345

https://twitter.com/find_evil/status/990803669837807616

 

Um porta-voz do Facebook afirma que eles têm “políticas rigorosas e restrições técnicas de modo que funcionários acessem apenas dados que eles precisam para realizar seus trabalhos — por exemplo, corrigir bugs, gerenciar problemas de suporte a usuários ou responder a requisições legais. Empregados que abusam desses controles serão demitidos.”

 

 

A gente ainda não sabe se o ex-funcionário será punido pelo que fez, esperamos que sim, porque ninguém tem o direito de perseguir e assediar uma mulher, seja como for. Apesar de o Facebook afirmar que se mantém rigorosos quando casos relacionados a invasão de privacidade na empresa acontecem, está claro que ainda há uma fragilidade aí e que novos casos como esse ainda correm o risco de acontecer.

Por isso, precisamos cobrar, precisamos denunciar sempre que isso acontecer pra que esses abusadores saibam que não ficarão impunes. Além disso, queremos ter a garantia de que nossos dados pessoais estão seguros, o que fica claro que não acontece, já que casos como esse não param de aparecer.

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