De modo geral, o comportamento humano não é dirigido apenas por informações e conhecimento, mas é produto de imagens percebidas pelas pessoas. Assim sendo, a imagem que temos de produtos, serviços e marcas possui dimensões capazes de influenciar e direcionar nosso comportamento.
É importante ressaltar que as atitudes e intenções comportamentais que podem ser influenciadas pela imagem não são formadas exclusivamente pelas nossas experiências no contato com produtos ou serviços profissionais. Na realidade, as experiências de outras pessoas e as diversas fontes de informações também influenciam as imagens que formamos sobre as coisas.
Por isso, apesar de tomarmos como realidade, as imagens nem sempre são exatas, podendo ser verdadeiras ou falsas, reais ou imaginárias. Além disso, as imagens podem ser modificadas à medida que recebemos novos estímulos ou informações.
Entretanto, por serem a forma de conhecermos o mundo, as imagens influenciam nosso comportamento e nossas decisões. Mas quais são essas dimensões da imagem que tanto nos influenciam? São quatro dimensões: funcionais, cognitivas, simbólicas e emocionais.
Quando entramos em uma loja, por exemplo, não reparamos uma série de coisas como a localização da loja, aparência das pessoas da equipe, a decoração do ambiente, os móveis e equipamentos disponíveis, o design dos produtos, a música ambiente, etc?! Pois então…essas coisas, o conjunto dessas características físicas que percebemos e avaliamos são o que chamamos de dimensão funcional da imagem.
Mas além disso, nós também temos uma série de pensamentos relacionados àquela loja, produto ou serviço. Esses pensamentos podem ser influenciados pelas nossas crenças ou pelo conhecimento que já temos do produto/serviço. Por exemplo, podemos ter uma crença de que uma loja é cara apenas por estar localizada numa região mais nobre da cidade.
Sem nunca termos comprado na loja, conhecido alguém que já tenha comprado lá ou termos tido essa informação por meio de qualquer outra fonte, nós simplesmente acreditamos, ou seja, temos a crença de que aquele lugar vende produtos caros. Outras vezes nem temos consciência do que não nos agrada, mas na “hora H” vem um pensamento aparentemente do nada, de que aquele lugar não é um bom lugar para se fazer compras. Ou o contrário, as crenças também podem ser positivas. E por mais absurdas que possam parecer, somos cheias delas.
Interessante isso, não é? Saímos por aí certas dos motivos pelos quais compramos tudo o que compramos, mas na verdade nem percebemos quantas coisas influenciam esse nosso comportamento. Na próxima semana falarei sobre as outras duas dimensões da imagem, não percam!