Você já ouviu falar de marketing olfativo? Pode até ser que você não saiba exatamente do que se trata, mas com certeza já experimentou seus efeitos. Ou será que você nunca sentiu aquela fomezinha ao passar pelo corredor do supermercado e sentir um cheirinho de pão saindo do forno?! Duvido…
Trata-se da utilização dos aromas para criar uma atmosfera capaz de atrair a atenção do cliente. Algumas empresas preocupam-se em associar sua marca a uma experiência olfativa agradável e de fácil reconhecimento, enquanto outras utilizam a ferramenta com foco principalmente no aumento das vendas. Para tanto, especialistas garantem que com a utilização adequada dos aromas é possível aumentar o tráfego no estabelecimento, a velocidade de visitação, o tempo de permanência dentro da loja e até mesmo despertar a fome dos clientes. Os cientistas afirmam que os aromas afetam as frequências das ondas cerebrais do hemisfério direito, que está ligado às emoções.
“No caso de todos os outros sentidos, pensamos antes de reagir, mas no caso do olfato, o cérebro reage antes de pensarmos” (LINDSTROM, 2009: p 131).
Os americanos foram pioneiros nesta abordagem, utilizando-se de aromas para aumentar a permanência das pessoas nos cassinos em Las Vegas. Vários países, como por exemplo Japão e China adotaram rapidamente a estratégia. No Brasil, em meados dos anos 90, alguns supermercados adotaram o marketing olfativo para aumentar o tráfego de clientes em áreas de menor procura, e para chamar a atenção para produtos em oferta. Aos poucos o uso dos aromas foi se ampliando para empresas dos mais diversos ramos de atuação, e que tem usado estes conhecimentos para influenciar as decisões de compra dos consumidores. Como exemplo temos o uso de fragrâncias associadas aos produtos e/ou pontos de venda: “cheiro de carro novo” nos automóveis, cheiro de pão fresco nas padarias, cheiro de café “passado na hora” nos pós de cafés solúveis, entre outros.
Escolher um aroma que comunique bem com o seu target e crie uma identificação com a marca não é tarefa simples, e para isso, existem no mercado empresas especializadas, que podem identificar dentre os aromas existentes (florais, frutais, madeira,…) aquele que mais se adéqua ao seu negócio e seu objetivo; ou até mesmo desenvolver um aroma exclusivo para sua empresa. São exemplos de empresas que adotam o marketing olfativo: Nike, Levi's, Chilli Beans, CVC, Espaço Fashion, Petrobrás, dentre outras…
Se pensarmos bem, nós mulheres já praticamos o marketing olfativo há tempos… Afinal quem é que nunca usou o perfume como sua “marca registrada”? [risos]