O estilista paranaense, que faz sucesso no Brasil e no mundo, Jeferson Kullig chegou a se formar em economia porque precisava de um curso superior e na época não existia faculdade de moda no Brasil, mas, como a moda já era um negócio de família, estava em seu DNA – a mãe e irmã também são estilistas – inevitavelmente acabou se formando em moda e se tornando um dos estilistas mais reconhecidos do mundo fashion.

Com criações arrojadas e respeitadas no mercado Kullig, que já vestiu celebridades como Xuxa e Constanza Pascolato, se inspira no futuro para criar suas peças e traz em cada uma delas a contribuição das artes plásticas, mais uma de suas habilidades profissionais. Confira a entrevista:

Você acredita que sua moda conceitual, com referências às ciências, arte, música e literatura, além da complexidade e inovação de seus desfiles,  tenha criado um novo tipo de reconhecimento para sua profissão?  Por que?

Com esse processo criativo consegui expor minha criatividade. Foram estas referências que me possibilitaram me comunicar com minhas clientes e com o mundo. Acho que foi um caminho particular meu, isso não significa que todos que seguirem ele conseguirão ter sucesso profissional.

O que as mulheres buscam hoje no mundo da moda?

Minhas clientes  buscam na minha coleção algo que expresse sua personalidade, que as faça sonhar, vestir e se sentir única.

 O que o mercado absorve e o que é puramente ideologia conceitual?

Tudo que é ideologia, conceito, um dia vira consumo, mas alguém tem que falar do novo, de coisas que não são só para alimentar o consumo exacerbado do mundo em que vivemos.

Então esse é meu modo de falar de futuro, independente de quando o mercado vai absorver.

Como as artes plásticas influenciam em suas criações?

Através dos conceitos, da liberdade de criação que ela possui, bem diferente do mercado de moda que só se preocupa em vender e vender.

Por que a influência futurista tão forte?

Porque eu acho o passado como forma de adquirir conhecimento e cultura fantástico, mas eu não vou poder mudar o que já passou, então prefiro pensar na construção do futuro.

Acho o futuro mais divertido, instigante, sempre gostei de inventar descobrir, e acho que so da para inventar o futuro, o passado já foi.

O que mais te inspira?

O dia a dia, coisas  simples, outras formas de se construir produtos. Eu me inspiro um mundo multidisciplinar.

O que na sua opinião faz uma mulher do século XXI irresistível?

Ela ser contemporânea, saber evoluir no vestir, pensar, ser jovem para sempre.

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