Se você ainda não ouviu falar de Kim Kardashian, você está out. A socialite americana passou a atrair o olhar da mídia com seu talento para polêmicas. Com mais de 17 milhões de seguidores no Instagram, Kim ficou conhecida a partir de 2007 com a acidental (embora alguns afirmem que foi proposital) divulgação de um vídeo íntimo seu com o rapper Ray J.
Do vídeo para um reality show em família, Keeping up with the Kardashians, foi um pulo. Lançado em 2007, e ainda no ar, o programa alcançou média de 3,7 milhões de espectadores na sua quarta temporada. Em 2011, Kim foi acusada de realizar um golpe publicitário ao se casar com o jogador de basquete Kris Humphries em uma cerimônia milionária transmitida pela TV e assistida por 4 milhões de pessoas, já que a separação veio exatamente 72 dias depois.
Kim não tem medo de polêmicas, adora uma selfie e usa e abusa de sua forma cheia de curvas fartas. Não, ela não atua, não canta, não sapateia. Mas hoje possui quatro boutiques DASH, uma marca com seu sobrenome e um jogo mobile que será o assunto de sua palestra, o Kim Kardashian Hollywood.
O jogo surpreendeu o mundo inteiro pelo estrondoso sucesso, gerando mais de 200 milhões de dólares. Desenvolvido pela Glu, o jogo usa as velhas fórmulas de subir de nível para desbloquear itens e objetivos, mas com uma pitada a mais: a incansável busca pela fama a qualquer custo, no qual você é um aspirante a celebridade apadrinhado por Kim Kardashian, sempre tentando superar uma rival (perderia 20% de cara no nosso empoderômetro pela falta de sororidade).
Mas em um Cannes Lions, onde se discute igualdade de gênero, o que Kim Kardashian significa: libertação ou esteriótipo?
Sex symbol e empreendedora? Pode sim
Se pensarmos que o corpo feminino é usado muitas vezes para vender, é fácil julgar Kim como uma mulher que reforça esteriótipos negativos. Ela aparece como a gostosa, vaidosa e fútil. Uma das suas polêmicas é a capa da revista Paper, com uma Kim nua, cheia de óleo, mostrando a famosa bunda para “quebrar a internet”.
Mas, enquanto muita gente aponta para a socialite e sua busca pela fama e seu exibicionismo, outros começam a reparar no lado empreendedor e rebelde da mais famosa das Kardashians.
Totalmente fora dos padrões – Kim é baixinha, bunduda e morena, muito diferente das modelos loiras, magras e altas -, ela desafia normas da indústria da moda e usa roupas justas que mostram que sim, ela tem curvas. E faz tanto sucesso que foi convidada pela C&A para lançar uma coleção cápsula no Brasil.
Kim usou a fama negativa da divulgação de um vídeo íntimo para, ao invés de se envergonhar, se projetar e levar a família com ela. Recentemente, recebeu o título de Power of Women da revista Variety em 2015, pelo seu trabalho com as crianças internadas no Children’s Hospital em Los Angeles.
O fato é que sempre que tentaram envergonhá-la com escândalos ou seu corpo (ela foi duramente criticada por engordar na gravidez), Kim seguiu em frente. Ela usou o que poderia ser sua maior vergonha para se tornar um sex symbol e mostrou que não precisava se encaixar em nenhum padrão para isso. Hoje ela recebe um dos mais altos salários do ano na televisão americana.
No fim das contas, ainda é difícil definir Kim Kardashian West como libertadora ou esteriótipo. Mas, se ela tem algo positivo a nos ensinar é: ser uma empreendedora é saber transformar as fraquezas em oportunidades.
corrigindo que o divórcio ocorreu 72 DIAS após a cerimonia. não deixa de ser rápido! hahaha