Essas mulheres mudaram os rumos da música nos anos 80 ao abandonarem a universidade para formar um grupo de rock só de meninas e virar o cenário independente de ponta cabeça. Influenciadas por nomes do punk e pós-punk, como Joy Division e Sex Pistols, as Mercenárias conquistaram o espaço originalmente habitado pelos cabeludos e com certeza deixaram sua marca.
Letras politizadas e boa sonoridade lhes renderam o respeito do público e aprovação de que mulheres podiam fazer um bom barulho. Além disso, abriram as portas para uma série de novos talentos femininos que antes não encontravam abertura dentro do estilo. Originalmente a banda era composta por Sandra Coutinho (baixo), Rosália (vocal) Ana Machado (guitarra) e uma breve passagem de Edgard Scandurra (bateria), que deixaria o grupo para se tornar líder do Ira!.
Com muita luta e poucos recursos financeiros, chegaram a lançar um LP, Cadê as Armas?, que logo recebeu elogios da crítica especializada. Em seguida assinaram contrato com a gigante EMI, e lançaram Trashland, seu segundo álbum. O disco foi eleito o melhor do ano pela revista BIZZ mas não foi o suficiente para segurar as meninas no topo das paradas. Meses depois foram avisadas que a parceria com a gravadora havia sido cancelada. O sonho acabou e cada integrante seguiu um rumo distinto mundo a fora.
Após duas décadas trabalhando no cenário alternativo europeu, Sandra Coutinho resolve voltar ao Brasil e ressuscitar o grupo. Atualmente s Mercenárias seguem fazendo shows com a baixista Sandra Coutinho, a vocalista Rosália Munhoz, a baterista Pitchu e a guitarrista Georgia Branco.