O relatório preliminar "Who makes the news?" elaborado pelo Global Media Monitoring Project (GMMP) não traz as melhores notícias nesse 8 de março, Dia Internacional da Mulher. Divulgado no final de 2009, a pesquisa concluiu que apesar de a presença de mulheres nos meios de comunicação estar em ascensão mundo afora, elas continuam ainda subrepresentadas na mídia.

Segundo o documento, que registrou a presença feminina em um dia específico, as mulheres somam 24% dos indivíduos entrevistados, vistos ou ouvidos na mídia; um aumento de 17%, em comparação com os números do relatório inaugural de 1995. No entanto, apenas 16% de todas as matérias concentraram-se especificamente nas mulheres. Os dados referem-se ao dia 10 de novembro de 2009, coletados em 42 dos 130 países participantes na África, Ásia, América Latina, Caribe, Ilhas do Pacífico e Europa. Em setembro, os dados de todos os países pesquisados serão publicados.

O relatório analisou 6.902 notícias e 14.044 indivíduos que participaram de reportagens, incluindo as pessoas entrevistadas no noticiário, mas deixou fora números da internet que só serão incluídos no relatório final. Ao avaliar a imprensa, o estudo conclui que 27% das notícias no rádio, por exemplo, são apresentadas por jornalistas do sexo feminino, enquanto 35% das matérias nos jornais são produzidas por mulheres.

Uma tendência é percebida no conteúdo das reportagens: é muito mais provável que uma repórter faça matérias sobre artes, entretenimento ou estilo de vida. As editorias de Ciência e Saúde também são a seara das mulheres; a presença delas aumentou de 22% (em 2005) para 37%. Histórias envolvendo política, economia e criminalidade são mais frequentemente cobertas por homens.

A pesquisa examinou também padrões femininos e concluiu que é cinco vezes mais provável que mulheres apareçam representando papéis de esposa, donas de casa e mãe. A boa notícia vem da América Latina: é a região com maior porcentagem de matérias que desafiam esses estereótipos (14%) e registra a menor taxa de reportagens que reforçam imagens preconcebidas (24%).

Com informações da "The International Journalists" Network" (IJNet).

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