Quando falamos que juntas somos mais fortes, é porque isso é real. Nós, mulheres, unidas, podemos fazer uma revolução mundial. Podemos transformar e lutar por tudo a que temos direito.

Mais uma prova disso foram as manifestações do último sábado, no dia 29/09. O #EleNão levou às ruas do Brasil e de outras cidades do mundo, milhares de mulheres que querem mostrar que não serão admitidas declarações machistas, misóginas, homofóbicas, racistas.

 

Imagem aérea da manifestação #EleNão deste sábado, 29/09, no Largo da Batata, em São Paulo.

 

Como mulheres, queremos mostrar que merecemos respeito, queremos mostrar que todos são iguais, independentemente de sexo, raça ou credo.

O #EleNão foi a maior manifestação de mulheres da história do Brasil. Participaram da manifestação 114 cidades em 10 estados, além de outros países do mundo como Alemanha, França, Argentina, Espanha, Chile, Portugal, Inglaterra e Estados Unidos.

 

 

Além disso, também grandes artistas brasileiros se manifestaram usando a hashtag #EleNão, entre elas Madonna e Cher, que são grandes símbolos de mulheres que lutam pelos direitos femininos e que também enfrentaram muito preconceito no início de suas carreiras por se exporem em uma época em que mulheres eram muito mais julgadas pelo que vestiam, falavam e faziam com suas vidas e seus corpos.

 

 

Em São Paulo e no Rio de Janeiro, foram as cidades com maior concentração de pessoas e de acordo com as imagens das manifestações, foram realizados cálculos que consideram a área ocupada, com estimativa de 500 mil pessoas no Largo da Batata, em São Paulo, e cerca de 300 mil, no Rio de Janeiro. Somando todas as cidades que tiveram manifestações, acredita-se que mais de um milhão de pessoas se posicionaram nas ruas com o #EleNão.

Foi lindo ver tantas famílias reunidas em um ato que luta não só a favor das mulheres, mas também contra o fascismo, o racismo, a ditadura, contra a homofobia, contra tudo o que pode ferir os direitos humanos.

O #EleNão é uma luta por tudo o que conquistamos até agora e por tudo que ainda temos a conquistar. É uma prova de que não admitiremos retrocesso no nosso país, que não admitiremos alguém que não tenha respeito pelas pessoas, de uma forma geral. Não queremos ninguém no poder do nosso país, que nos leve às duras lembranças da ditadura.

 

 

Entre as canções que mais se escutaram nas mobilizações, uma dizia: “Ele não vai decidir a eleição”, outra se referia às mulheres que foram às ruas para lutar, ao som de uma paródia da popular canção antifascista Bella Ciao, que ficou conhecida também na série La Casa de Papel.

A versão feminista brasileira diz que “uma manhã eu acordei e ecoava: ele não, ele não, não, não… uma manhã eu acordei e lutei contra o opressor…”.

 

 

 

 

Foi lindo ver milhares de pessoas unidas lutando por nós, pelos nossos direitos. Mulheres, homens, jovens, idosos, todos juntos, em uma só voz, entoando o #EleNão, ele não vai nos reprimir, #Elenão, ele não vai nos julgar, #EleNão, ele não vai nos definir como fraquejadas, #EleNão, ele não vai nos calar.

A manifestação foi linda, mas a nossa luta não acaba aqui. Mas, o melhor de tudo, é saber que não estamos sozinhas. #EleNão, #EleNunca, #EleJamais.

 

 

 

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