Cinco mulheres ricas brasileiras mostram seu cotidiano no novo programa chamado “Mulheres Ricas”. Na verdade, as informações só foram reunidas para passar na TV, pois é muito fácil acompanhar suas rotinas, suas compras e exageros em qualquer revista, sites ou pelo Twitter – devo confessar que me divirto muito acompanhando os tweets da Narcisa.
O que mais me chama a atenção é que sabemos que elas são ricas, sabemos que elas adoram ostentar suas viagens, tomar champanhe e fazer compras, mas não sabemos de onde veio tudo isso (conquista profissional, herança, marido…) e elas não fazem à mínima questão de contar – são apenas ricas.
É como se elas estivessem em um nível superior a qualquer ser humano normal (da classe feminina), não precisam mostrar que são inteligentes ou que sabem como anda a economia – qualquer um que não guarda dinheiro debaixo do colchão deve se preocupar com isso. Mostrar sua cobertura chiquérrima, seu maquiador particular ou a luminária carrísima que foi trazida de uma loja famosa internacional já o suficiente.
Não é uma extrema crítica, afinal não ia achar nem um pouco ruim ter um armário recheado de bolsas Chanel – eu adoraria – mas um pouco de cultura não faz mal a ninguém. Falar que “existe um mundo melhor, mas ele custa caro”, achar que não precisa se preocupar com as necessidades e carências do seu país e ser uma pessoa alienado a qualquer assunto que não envolva compras, viagens e gastos, não é legal.
Meu maior medo é que essas mulheres se tornem referência para as nossas adolescentes de hoje e daqui a alguns anos nosso país esteja repleto de mulheres fúteis sem objetivos para o futuro – seria uma regressão desde que queimamos os sutiãs. Veja bem, não critico aquelas meninas que desejam se casar com um marido rico e ter uma vida confortável, mas pelo menos estude, se informe e tenha cultura. Faça isso por você!
Ter dinheiro não é ter cultura, e eu tenho percebido que algumas mulheres ricas (empresárias, investidoras e antenadas) tem criticado algumas “amigas” da mesma classe, justamente por parecer que elas não fazem nada além de beber champanhe e viajar. Sabe aquele ditado: “Quem nunca comeu melado quando come se lambuza”, é o que parece. Não sabem o que fazem e muito menos o que falam. Chamar os cariocas de mal vestidos só porque eles usam chinelos… Oi!? Você sabe qual é a força da marca Havaiana no cenário internacional? Que é um dos chinelos mais cobiçados pelas celebridades? Não é só porque seu pé veste um Louboutin que é diferente de alguém que usa chinelo.
E agora sim eu vou criticar… Não é um armário cheio de roupas de grifes que fazem com que você tenha estilo, já vi meninas usando roupas de lojas de departamento mostrar muito mais estilo do que mulheres com vestidos de grife e isso, para quem trabalha com moda, é uma delícia de ver. Essas mulheres circulam pelas semanas de moda e acompanham desfiles sem entender nada, se preocupando apenas em qual achou mais bonitinho e vai querer depois. Na verdade suas escolhas são sempre as mesmas marcas: Armani, Chanel, Dior, LV… Porque são as únicas que conhecem e as que podem trazer mais destaque na rede social de uma mulher rica, mas em minha opinião – MINHA OPINIÃO quero deixar bem claro – nem todas as roupas de grifes e melhores maquiagens do mundo tiram a “cara da pobreza” que algumas carregam. Se somar a falta de educação e os barracos então… confessou de onde veio. Todo glamour é pura enganação!
E sabe por quê? Porque estilo e educação vem de berço, nasce com você! Quem tem, tem e quem não tem, não acha para comprar em lojas chiques. Pessoas cultas, com estilo e conteúdo são capazes de serem reconhecida por traz de qualquer vestimenta e quem não tem, precisam se auto afirmar pedindo – ou gritando para todo o mundo ouvir – champanhe francês Dom Pérignon porque jura que não bebe outra coisa, mas eu tenho certeza na sua vida antes “do cartão de crédito com limite astronômico” já bebeu muita coisa bem pior.
Quem nasceu bolo de fubá, jamais será cheesecake!