No último sábado, dia 29, centenas de mulheres turcas saíram em protesto pelas ruas de Istambul contra a violência e a exigência dos homens para que as mulheres se vistam de forma conservadora. 

A marcha foi chamada de “Não mexa com a minha roupa” e durante o protesto elas carregavam shorts em cabides, como um dos exemplos de roupas que não são aceitas pelos homens. Elas também cantavam “Não vamos obedecer, ser silenciadas, ficar com medo. Vamos vencer pela resistência”, erguendo pôsteres e bandeiras LGBT.

As relações de Istambul com as roupas femininas já mudaram, mas ainda há um longo caminho a percorrer, pois muitas delas afirmam sofrer preconceito. Em junho, por exemplo, uma mulher foi agredida dentro de um ônibus por um homem por usar shorts no mês islâmico sagrado do Ramadã, enquanto o motorista apenas assistia. Em outro caso, uma mulher sofreu assédio na rua e um homem a acusou de usar roupas provocativas, que assim ela estaria excitando as pessoas. Como se a mulher fosse culpada pelos homens não saberem lidar com seus ímpetos sexuais.

 

 

O protesto também recebeu diversos membros da comunidade gay e transgênera, depois de a marcha do Orgulho de Istambul ter sido proibida pelas autoridades, em junho.

Nós desejamos que a luta das mulheres, gays, transgêneros sirva como uma forma de ampliar os horizontes das pessoas. Uma forma de mostrar que as pessoas podem ser o que quiserem ser e usar a roupa que desejarem usar, porque não é isso que define o caráter de ninguém.

 

 

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