Apesar da noite maravilhosa de ontem, hoje acordei um tanto preocupada, pensativa. Como está difícil encontrar alguém para se relacionar. Acho que nunca foi fácil e nunca será. Agora, relacionamentos relâmpagos, ou como dizem os americanos “one night stand”, podem acontecer todos os dias.
Mas vamos a parte boa da história. Ontem saí com alguns amigos, fomos a um barzinho bem charmoso e ficamos lá bebendo e batendo papo. Eram dois casais e eu, “solita”, mas muito bem, obrigada. Não tenho frescuras dessa natureza “oh, não vou porque só eu estarei sem par”. Meus amigos são legais e fui para papear numa boa.
Eis que de repente, encosta no bar um cara muito charmoso. Igual aquela música: moreno, alto, bonito e sensual. A gente já havia se cruzado em outras ocasiões, porque um homem gato daqueles ninguém esquece. Porém, ele sempre estava acompanhado. E sempre com loiras, que coisa! Nada contra as loiras, mas como eu não sou, então já achei que eu não fazia o tipo dele.
Mas para minha sorte (ou não), ontem ele ficou me paquerando. Estava sentado no bar, próximo a nossa mesa e eu estava bem de frente para ele. Minha amiga Ana, sacou na hora e já me deu um chute embaixo da mesa: “Olha só quem está te olhando?”. “Já vi, e fique tranquila que vou continuar vendo”, respondi e o descrevi para minha outra amiga que estava de costas para ele. Os maridos delas estavam num papo tão entrosado que nem se ligaram.
Depois de um tempo, chopp vai chopp vem, fui ao banheiro e passei bem ao lado dele, que ficou me encarando. Eu fiquei vermelha na hora, porque ele encarava mesmo. Na volta, ele me puxou pelo braço e disse no meu ouvido que queria me conhecer. Me deu um guardanapo de papel com o telefone dele, e me pediu para ligar assim que eu saísse dali. Eu fiquei meio passada com a situação, e foi tão rápido que a única coisa que eu perguntei foi o nome dele. O deus grego respondeu: “Beto. E você é a Laura. Eu ouvi sua amiga te chamando”. Fiquei bege com aquilo. Ele realmente estava prestando muita atenção na gente, ou melhor, em mim.
Eu me virei para ele e disse: “Beto, tenho que voltar pra a mesa, que meus amigos estão me esperando”. Tentei dar uma de difícil, mas no fundo eu queria era sair com ele naquele instante. Ele estava extremamente cheiroso, com um perfume marcante. Ele repetiu “estou esperando você me ligar daqui a pouco”. Meu Pai Eterno! De onde surgiu esse homem? Assim que me sentei, ele saiu do bar. Fiquei louca, óbvio! As minhas amigas estavam super curiosas, querendo saber o que ele tinha me falado, e seus respectivos maridos também. Todo mundo me olhando e falando ao mesmo tempo.
Um dizia “você não deve ligar. Você não sabe quem ele é”, a Ana falava o contrário “claro que ela vai ligar, onde já se viu, perder uma oportunidade dessas”. Aí o marido dela começou a dar um chilique de ciúmes. Em seguida, com toda a minha classe, mandei todos calarem a boca, e disse: “eu vou ligar, porque já sou bem grandinha, só não sei se ligo hoje pra ele. Vai que ele perde o encanto”.
A Aline, minha outra amiga resolveu: “ligue agora, e