O que você realmente sabe sobre a pré-histórica? E se perguntarmos então sobre as mulheres desse período? Deu uma tela azul de erro aí, não deu?

Pois descubra agora 10 mulheres que têm muita história para contar e que são consideradas pelos historiadores como algumas das peças de estudo mais intrigantes que já descobriram.

1. Ardi

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Ardi é um fóssil da espécie Ardipithecus ramidus que viveu na Etiópia cerca de 4,4 milhões de anos atrás. Ela é o mais antigo esqueleto hominídeo conhecido. Seus restos parciais consistem em 125 peças separadas, incluindo crânio e dentes.

Ela tinha 1,2 metros de altura, pesava cerca de 50 kg e andava ereta. Com cérebro pequeno, braços e dedos muito longos e dedão opositor, seus dentes intactos revelam que sua dieta consistia em vegetais, frutas e pequenos mamíferos.

Ardi não era um ser humano moderno nem um chimpanzé, mas tinha características de ambos. Assim, seu esqueleto sugere que os humanos e os chimpanzés evoluíram separadamente a partir de um ancestral comum. Atualmente, ela se encontra no Museu Nacional da Etiópia.

2. Lucy

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Descoberta na Etiópia em 1974, Lucy é talvez o mais famoso fóssil de todos os tempos. Isso porque ela revolucionou a forma como pensamos sobre a evolução humana. Antes os antropólogos acreditavam que a inteligência humana era anterior a nossa capacidade de andar sobre duas pernas. Lucy provou o contrário.

Com 3,2 milhões de anos, seu nome foi uma espécie de coincidência: a canção dos Beatles “Lucy in the sky with diamonds” estava tocando no rádio quando o primeiro de seus 47 ossos foi descoberto.

Ela tinha um cérebro pequeno, braços longos, pernas curtas e uma grande barriga. Com apenas 1 metro de altura e cerca de 27 kg, a estrutura da sua pelve e joelhos mostram que ela andava ereta sobre duas pernas. Ela comia frutas, nozes, sementes e, possivelmente, cupins e ovos de aves.

Os pesquisadores sabem com certeza que Lucy era mulher porque outras descobertas mostram que os machos de sua espécie eram muito maiores. Sabe-se também que Lucy era adulta, com provavelmente cerca de 21 anos, uma vez que seus dentes do siso estavam expostos e tinham sido usados antes de sua morte. Os restos de Lucy também estão no Museu Nacional da Etiópia.

3. Mulher X

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A “Mulher X” viveu na Sibéria cerca de 40.000 anos atrás. O “mulher” em seu nome é algo possivelmente enganador, já que a única parte do esqueleto descoberto foi um dedo mindinho, que agora se acredita pertencer a uma criança. Ainda assim, a Mulher X marca a primeira vez que um novo tipo de humano foi descoberto através de um teste de DNA.

O DNA extraído dos ossos da Mulher X é distinto do DNA retirado de neandertais ou de humanos modernos, indicando a existência de uma terceira espécie, nomeada H. Denisovans por causa da caverna onde o dedo foi encontrado (foto). Aborígenes australianos e melanésios de parte de Nova Guiné compartilham em torno de 5% do seu DNA com a Mulher X.

4. Dama Vermelha

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A “Dama Vermelha” foi encontrada na caverna El Miron, no norte da Espanha. Ela viveu cerca de 18.700 anos atrás. Seu nome vem do fato de que seus ossos estavam cobertos de um pigmento avermelhado chamado ocre.

Ela morreu entre os 35 e 40 anos, mas os pesquisadores não sabem exatamente por quê. Ela parecia estar em boa saúde e alimentava-se de cabras, veados, peixes, cogumelos, fungos e sementes.

O enterro elaborado da Dama Vermelha, incluindo gravuras encontradas nas proximidades do túmulo, sugerem que ela pode ter sido especial, mas não se sabe como.

5. Hobbit

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Em 2003, os arqueólogos encontraram uma nova espécie humana na remota ilha indonésia de Flores. A fêmea “hobbit” tem 18 mil anos de idade e parece ter vivido numa época em que o homem moderno estava colonizando o resto do mundo. Com apenas um metro de altura, a descoberta surpreendeu os cientistas que acreditavam anteriormente que o Homo sapiens tinha superado qualquer outra espécie dezenas de milhares de anos atrás.

O esqueleto da Hobbit está quase intacto e, a partir desses restos, sabemos que o Homo floresiensis tinha um cérebro do tamanho de uma laranja, mais próximo do de chimpanzés. No entanto, a espécie acendia fogueiras, fazia ferramentas de pedra e caçava em grupos.

6. Mulher de Arlington Springs

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Em 1959, um fóssil foi descoberto na ilha de Santa Rosa, na Califórnia (EUA). Datado de cerca de 13.000 anos atrás, é o mais antigo resto humano encontrado nas Américas até então.

Em 2006, a “mulher de Arlington Springs” tornou-se um homem, com os mesmos cientistas que tinham determinado que era uma mulher anunciando que estavam errados, e estimando que o fóssil tinha 70% de probabilidade de ser do sexo masculino. Felizmente, métodos de investigação futuros devem dar uma resposta conclusiva.

De qualquer maneira, a “pessoa de Arlington Springs” é um grande achado, provando que o homem pré-histórico usava barcos e apoiando a teoria de que os primeiros americanos desceram a costa pelo mar.

7. Mulher de Minnesota

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Restos de 8.000 anos de idade de uma mulher foram descobertos perto de Pelican Rapids, em Minnesota (EUA), durante a construção de estradas em 1931.

O indivíduo era uma menina de cerca de 16 anos quando morreu. Ainda não havia sido mãe e carregava uma adaga feita de chifre de alce, provavelmente como ferramenta de caça. Ela também tinha um pingente de conchas, possivelmente um talismã, feito a partir de um caracol mais tarde identificado como endêmico da Flórida.

Conchas de moluscos ou mexilhões quebradas cobriam seu corpo. A estrada cortava através de um lago glacial extinto, o que torna provável que ela tenha se afogado. Seu corpo foi preservado sob uma camada de sedimento no fundo do lago. O esqueleto estava quase intacto e seus ossos cor de marfim mostravam impressões de vasos sanguíneos e massa encefálica.

8. Mãe

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O esqueleto de 7.700 anos de idade conhecido como “Mãe” foi descoberto na Sibéria em 1997. Ele estava completo e é provavelmente o mais antigo exemplo conhecido de morte durante o parto, além da mais antiga evidência confirmada de gêmeos na história. Sim, por mais raro que isso seja, os minúsculos ossos de dois bebês foram encontrados dentro do útero da “Mãe”.

Um dos bebês se encontrava parcialmente deslocado, dando a entender que seria o primeiro a sair e ficou preso, causando a morte de todos os três. A jovem mãe, que estava em seus vinte e poucos anos, foi enterrada deitada de costas com vários dentes de marmotas próximos a ela.

9. Taoua

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Taoua, uma mulher indígena do Caribe, morreu cerca de 1.000 anos atrás na ilha antilhana de Nevis. Seu esqueleto quase intacto foi encontrado em 2011, enterrado em uma praia perto de White Bay. Os dados deste período da história do Caribe são raros e conflitantes, o que torna a descoberta muito emocionante para os historiadores da região.

Com várias cáries e tendo perdido alguns dos seus dentes, os pesquisadores acreditam que a dieta de Taoua continha açúcar, possivelmente a partir de cana, uma cultura do Velho Mundo trazida para as Índias Ocidentais pelos espanhóis.

Ela também tinha várias costelas quebradas, embora todas estivessem curadas no momento de seu falecimento. Suas articulações mostravam sinais de uso constante e sua espinha estava deformada, indicando osteoartrite. Em geral, o esqueleto de Taoua sugere que ela teve uma vida muito difícil.

10. Mulher de Peñón

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A “Mulher de Peñón” morreu por volta de 13.000 anos atrás, durante a última idade do gelo, com 26 anos. Seu esqueleto quase completo foi encontrado na beira de um lago pré-histórico gigante, agora parte dos subúrbios da Cidade do México, em 1959. Seus ossos estavam bem desenvolvidos e saudáveis.

O mais curioso sobre ela, no entanto, é que seu crânio longo e estreito não se assemelha a muito crânios modernos nativos americanos.

1 thoughts on “O que 10 mulheres pré-históricas intrigantes podem dizer sobre nós?

  1. Lady Sybylla says:

    Adorei o post e todas histórias.

    Só acho estranho usar “homem” como sinônimo para ser humano em um post que fala sobre mulheres intrigantes da história. Acho que já estava na hora de a gente parar de usar essa palavra para sinonimizar toda a raça humana.

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