Há vários tipos de conversas. Tem aquelas que são longas, tem as rapidinhas, tem aquelas que não chegam a lugar algum. Há também aquelas conversas que são produtivas e animadoras. Por outro lado há certos tipos de conversas que ao final desejaria que não tivesse tido. Mas a que mais me encanta é a conversa de elevador.
Uma conversa longa pode ser aquela conversa com a namorada/esposa, a famosa “DR” (discutir a relação), muitas vezes produtivas e que chega a um ponto conciliador. Outras vezes, porém, não tão amigáveis e que o único lugar que se pode chegar é até o sofá. Neste caso para a porção masculina da DR. Outro tipo de conversa longa é, por exemplo, numa negociação, seja para comprar ou vender um carro, casa, terreno, sogra, a conversa pode demorar dias, semanas e até meses (pra dar um sumiço na sogra cinco minutos bastam).
Dar uma rapidinha é sempre bom, não é? Pode ser logo pela manhã, na hora do almoço, no meio da tarde ou à noite. Uma rapidinha é prazerosa e ajuda a controlar os ânimos. Quando a conversa é rápida, ligeira e concisa bastam apenas algumas palavras e tudo fica resolvido. Por exemplo, imagine uma ligação em que a pessoa recebe uma resposta positiva de emprego: Alô! Sim sou eu mesmo! O quê? Tá falando sério? To indo pra ai agora mesmo, tchau! Deu pra perceber que o papo não demorou mais que dois minutos, certo?
A conversa produtiva e que te deixa com o astral elevado é aquela que te mostra um caminho e que tal caminho é o correto. É uma conversa que as partes envolvidas chegam num consentimento positivo em que o reflexo do bate-papo é algo que vai te acompanhar para a vida toda. É uma conversa que funciona como combustível para continuar seguindo em frente sem desistir ou deixar envolver por aqueles que entram na conversa e somente provocam ruído. Para essa interferência usa-se o método do “cala a boca”, que pode ser com classe ou sem um pingo dela.
No primeiro parágrafo pontuei que também há o tipo de conversa que nunca gostaríamos de ter tido. Prefiro não entrar em detalhes sobre este diálogo que deixa a pessoa num estado de espírito, digamos, desanimado. Com certeza cada um já teve uma conversa dessa e não cabe a mim trazer esta lembrança a tona. Pulemos para outros tipos de conversas.
Centro empresarial. Prédio de pelo menos trinta andares. Sua sala fica no vigésimo quinto. É uma terça-feira e você está parado no térreo esperando o elevador, quando ele chega vindo da garagem está quase lotado. Você entra e deseja que sua sala fosse na sobreloja. Mas como a simpatia fala mais alto, apesar do relógio mostrar que esta no meio da tarde e sol à pino, resolve puxar conversa com a pessoa da esquerda:
– Quente hoje né?
– É.
-Mas amanhã chove, certeza!
– É.
Ai o elevador para no segundo andar e o diálogo é interrompido. Mas ainda faltam 23 andares. Você olha para o lado direito e arrisca novo contato imediato.
– A semana tá passando rápido né? Já é terça-feira. Imagina só
NÃO SOU TIMÍDA,MAS NÃO CONSIGO TER UMA CONVERSA PRODUTIVA COM NINGUÉM NÃO SEI PORQUE,PARECE QUE SÓ ESPANTO PESSOAS,É HORRÍVEL ISSO CHEGO A ME SENTIR MUITO MAL MESMO!