A L’Oréal Brasil anunciou as sete vencedoras da 10ª edição do “Para Mulheres na Ciência”, programa brasileiro voltado às mulheres cientistas que completa 10 anos.
Em parceria com a UNESCO do Brasil e com a Academia Brasileira de Ciências (ABC), as vencedoras foram selecionadas pela qualidade de seus currículos e pelo potencial de suas pesquisas, todas desenvolvidas em instituições brasileiras.
Ao longo da década, o prêmio já reconheceu e promoveu o trabalho de 68 jovens cientistas de diversos estados do país.
Cada uma receberá uma bolsa-auxílio de US$ 20 mil (convertidos em reais) para dar prosseguimento às suas pesquisas.
Mais de 400 projetos foram inscritos e a cerimônia de premiação acontece hoje, no Rio de Janeiro.
Conheça as sete cientistas brasileiras reconhecidas este ano:
Categoria Ciências da Vida
A pesquisadora Alline Campos, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-USP, que busca umaforma de produzir medicamentos mais efetivos e com menos efeitos adversos, para tratar pacientes que sofrem de ansiedade e depressão. “Este reconhecimento profissional é fundamental para cientistas que estão, como eu, iniciando suas carreiras. Receber um prêmio dessa importância confirma que estamos no caminho certo”, afirma a paulista.
– Cientista da Universidade Federal do Pampa-Unipampa, no interior do Rio Grande do Sul, Daiana Ávila foi premiada por liderar um estudo sobre uma nova terapia para a Esclerose Lateral Amiotrófica, doença genética, degenerativa e sem cura. “Fiquei muito feliz e orgulhosa em receber esse prêmio por um estudo realizado aqui no interior do Rio Grande do Sul. O reconhecimento vai ajudar na valorização do uso de modelos alternativos na investigação científica, comuns nos Estados Unidos e na Europa, mas ainda pouco difundidos no Brasil”, explica a pesquisadora.
– A pesquisadora Elisa Brietzke, do departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo-Unifesp, estuda o envelhecimento precoce de indivíduos bipolares com a progressão da doença. O objetivo é desenvolver e testar medicamentos capazes de bloquear o seu avanço. “Esta é uma pesquisa inovadora no mundo e fico muito feliz com o reconhecimento que estamos recebendo”, conta a cientista, que se orgulha de ter feito sua formação em instituições brasileiras. “Isso demonstra como um cientista, em especial uma mulher cientista, também alcança o sucesso se permanecer em seu país”, avalia.
– Cientista do Departamento de Genética e Biologia Evolutiva do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo-USP, Tábita Hunemeier tenta elucidar em seu projeto as bases genéticas de características morfológicas dos nativos americanos (indígenas), para tentar encontrar variações genéticas que os diferenciam fisicamente das populações de outros continentes. “Eles são a população menos estudada no mundo do ponto de vista genético. Nosso estudo tenta preencher uma lacuna existente e entender melhor questões relacionadas à sua evolução”, explica. Ela conta que levou alguns minutos para assimilar a notícia do reconhecimento. “É emocionante. Sinto-me muito honrada em ter sido selecionada entre as centenas de pesquisadoras competentes inscritas”, comemora.
Categoria Matemática
A Dra. Cecília Salgado, pesquisadora de Ciências Matemáticas da Universidade Federal do Rio de Janeiro-UFRJ, estuda códigos corretores de erros, algo fundamental na solução de falhas na transmissão de informação por sistemas de comunicação, como linhas telefônicas ou discos rígidos. Ela acredita que o prêmio vem consolidar seu trabalho desenvolvido nos últimos seis anos. “Espero que este reconhecimento abra portas e desperte o interesse de mais mulheres para a Matemática. Os trabalhos selecionados sempre são de extrema relevância e só o fato de dar mais visibilidade a pesquisas desenvolvidas por mulheres, já é maravilhoso”, incentiva a cientista carioca que escolheu a matemática por ser base de diversas áreas científicas.
Categoria Química
A Dra. Elisa Orth, cientista do Departamento de Química da Universidade Federal do Paraná – UFPR, conta que esta é a segunda vez que se inscreve no prêmio e se sente completamente realizada com a conquista. Seu estudo busca resolver problemas genéticos — relacionados a doenças como câncer, fibrose, mal de Parkinson, mal de Alzheimer, entre outras — e destruir substâncias químicas nocivas à saúde, presentes em agrotóxicos ainda utilizados no Brasil. Ela e sua equipe desenvolvem sistemas catalisadores e, no futuro, pretendem quebrar e substituir enzimas “doentes” do código genético por enzimas sintéticas “sadias”, além de tornar os alimentos mais saudáveis e seguros, sem comprometer sua qualidade. “Há anos conheci o prêmio e sempre quis fazer parte desse grupo de cientistas reconhecidas por ele”, declara.
Categoria Física
A pesquisadora Karin Menéndez–Delmestre, da Universidade Federal do Rio de Janeiro-UFRJ, é uma autoridade reconhecida no campo da evolução de galáxias e busca entender os processos de suas formações, por meio de observações da Via-Láctea e de universos distantes. Ao longo de sua carreira, a cientista já produziu 37 artigos e mais de 1.200 citações, das quais 350 referem-se às publicações de primeira autora.
Impressionante que não há negras nesse grupo. Fico feliz pelo reconhecimento feminino, mas triste por não ver negras aí.
I bow down humbly in the presence of such grstnaese.
Now that’s suletb! Great to hear from you.