O projeto ESTOU REFUGIADO, que trabalha com a inclusão de refugiados no mercado de trabalho paulistano, presta homenagem à cidade de São Paulo, em seu aniversário de 464 anos, divulgando um vídeo que mostra a situação de alguns refugiados e a necessidade que eles têm de conseguir um emprego pra sobreviver em um país distante de sua origem.

Para Luciana Maltchik Capobianco, empresária da Planisfério, empresa social que coordena o projeto, o vídeo é uma forma de agradecimento e reconhecimento à cidade que tão bem tem acolhido os refugiados. Trezentos refugiados já conseguiram empregos por meio do projeto e reconstruíram suas vidas com a família em São Paulo.

“Vamos prosseguir com este trabalho. Mas precisamos da ajuda de todos os paulistanos. Empresários que tenham esse olhar social e a população que deve acolher essas pessoas sem preconceitos”, lembra a empresária.

 

 

Máquina de currículos na Paulista

O totem interativo, a máquina de currículos- Você acredita em destino? do Projeto Estou Refugiado, foi instalado na Livraria Cultura , do Conjunto Nacional, na Avenida Paulista 2073, há 30 dias e deve ser retirada no próximo dia 31.

Muitas pessoas cooperaram. O volume de ofertas de vagas cresceu cerca de 30% na sede da Estou Refugiado. Foram distribuídos cerca de dois mil e quinhentos currículos de refugiados.

 

 

A empresária Luciana Maltchik Capobianco, da empresa social Planisfério, criou esse totem com o intuito de sensibilizar a sociedade ao drama do refugiado no Brasil. “Ao interagir com a máquina, a pessoa aperta um botão, recebe um currículo sorteado e automaticamente fica conectada ao destino do refugiado, tendo o compromisso de ajudá-lo a se inserir no mercado de trabalho”, explica.

Agora a empresária procura outros apoiadores. Shoppings ou locais com grande circulação de pessoas para instalar a máquina a partir de fevereiro.

O totem é apenas uma das ações do Projeto Estou Refugiado e busca oportunidades de emprego para os refugiados, única forma de dar dignidade e formas de sobrevivência para o refugiado e sua família. A Human Rights Watch é apoiadora da iniciativa.

Segundo Maltchik, diretora da Planisfério e idealizadora do Projeto Estou Refugiado, juntamente com a escritora Gisela Hao, a empresa faz a conexão entre o refugiado e as empresas que precisam de mão-de-obra. “Estamos fazendo um amplo trabalho junto a empresas que possam ofertas vagas. Mas acho que não bastam empregos. O empresário precisa empregar com olhar social e a empresa arcar com sua cota de responsabilidade social”, observa a empresária.

Segundo relatório da ONU, apenas no primeiro semestre de 2016, 3,2 milhões de pessoas deixaram seu local de residência e 1,5 milhão solicitaram asilo a algum país.

No Brasil, 9.550 pessoas de 82 nacionalidades foram reconhecidas como refugiadas. Destes 3.300 venezuelanos pediram abrigo no país. Os dados são da Secretaria Nacional da Justiça de 2017.

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