Quando eu tinha 14 anos, não poderia conceber a ideia de ficar com alguém que não tocasse violão. Por isso, criei uma resolução: não namoraria quem que não entendesse de música. Muita gente dizia que isso era uma contradição, já que eu própria não tocava violão ou qualquer outro instrumento musical. Mas de música eu entendia muito bem, graças ao meu pai. Cresci escutando Beatles, Rolling Stones, Jethro Tull, Otis Redding, Dire Straits e o melhor do rock nacional e internacional.
Quando tinha 4 anos, meu clipe favorito era do Supertramp. Quando tinha 12, a MTV virou referência. E as minhas amigas me consideravam uma extraterrestre, porque enquanto elas sabiam de cor e salteado todas as músicas de Zezé de Camargo e Luciano (o sertanejo era febre naquela época), eu deixava de ir a festinhas para assistir a estreias de clipes na MTV, como “Easy”, do Faith no More.
Aquela foi uma época musical muito fecunda: REM, Faith no More, Metallica, Nirvana, Pearl Jam, Red Hot Chilli Peppers e muitas outras bandas e artistas estavam no auge. O problema é que logo depois a MTV deixou de ser tão musical e cobriu sua grade com uma programação que em pouco privilegiava a música.
Graças a isso, minha fonte de pesquisa passou a ser outra: revistas e sites especializados. E, recentemente, um site em especial passou a ter um papel muito importante na minha vida: Blip.fm.
O Blip é como um Twitter, só que com música. Lá você cria sua própria rádio, seleciona suas músicas preferidas e escolhe seus DJs favoritos. O melhor de tudo é a interação, porque você pode conversar com DJs do mundo inteiro, compartilhar músicas, além de descobrir novas bandas e artistas.
Se você gosta de boa música, como eu, e também se sente um pouco órfão da MTV (embora o canal não tenha falecido, ele não é mais como era antigamente), entre no Blip que vale à pena. Aproveite tudo o que a internet pode oferecer para fazer suas escolhas musicais, já que na rede é possível descobrir de tudo um pouco, sem consumir apenas o que a mídia acha que devemos engolir.
Aliás, outro site interessante é o We are hunted, que lista as músicas que são top na rede. Existem listas diferentes para estilos e remixes, mas todas usam a mesma regra: quem é mais citado na internet ganha mais espaço.
Ah, e antes que você me pergunte, já vou logo respondendo: não é por ironia do destino que o meu namorado toca violão muito bem, além de ser um ‘blipmaníaco’, como eu.
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