Semana passada falamos sobre como algumas vezes comprar seguindo nossos impulsos e intuições pode ser uma boa pedida. Mas você sabe a diferença entre compra impulsiva e compra compulsiva?
Comprar impulsivamente, ou seja, sem pensar muito sobre o assunto e as opções de compra, todo mundo faz de vez em quando, e é “normal”. Mas a compra compulsiva é uma patologia denominada Oniomania. A oniomania é um transtorno classificado na Psiquiatria como “Transtorno do controle de impulsos não especificado" e se caracteriza pela incapacidade de resistir a um impulso de compra. Ou seja, a questão aqui é a falta de controle sobre nossos impulsos.
Assim como um viciado em drogas, em jogo ou em bebida, o comprador compulsivo sente uma enorme necessidade de comprar, pois isto alivia sua ansiedade e gera prazer. Entretanto, é um prazer passageiro, e pouco tempo após ter realizado a compra, a ansiedade retorna e logo vem a culpa por ter comprado outra vez. É uma ansiedade e uma angústia tão grandes, que estas pessoas chegam a ter síndrome de abstinência quando estão impedidas de comprar.
É interessante dizer que o que “excita” a pessoa é o simples ato de comprar e não o objeto comprado. Portanto, se você já está pensando que só porque tem uma bolsa de cada cor, ou um brinco para cada ocasião você é uma compradora compulsiva, acalme-se, a coisa não é bem assim. Também não é compradora compulsiva a pessoa que quando está “um pouco tristinha” compra alguma coisa que deseja.
Geralmente os compradores compulsivos acabam gerando vários problemas financeiros e emocionais para si e seus familiares, e podem apresentar outros transtornos psiquiátricos associados a este. Aqui no Brasil, estima-se que 3% da população sofra deste tipo de transtorno. Em geral ele se manifesta a partir dos 18 anos, mas justamente por ser confundido com um “simples desejo de comprar” demora muito para ser diagnosticado (em torno de 10 anos)*.
E você sabia que nós, mulheres, temos quatro vezes mais chances de desenvolver um quadro de compra compulsiva do que os homens?! Por isso mulheres, cuidem-se! E fiquem ligadas nos próximos posts, para aprender mais sobre consumo e poder tirar o melhor dele. Afinal, nós amamos comprar, não é mesmo?!
*Obs: para um diagnóstico correto, procure um profissional especializado (geralmente psiquiatra e/ou psicólogo).