Nesta manhã, enquanto eu escovava meus cabelos e pensava no quanto a piscina e o sal do mar deram a textura de uma bucha para eles, me deu uma nostalgia boa dos dias de ócio. Cremes pós-sol, drinks à beira mar, meditações, mergulhos, conversas sobre amenidades, mais tempo para amar, entre outras coisas.
Enquanto pensava, senti meu coração acelerar. Numa ansiedade que eu já conhecia. Era a agitação do cotidiano chegando. A ideia de que eu poderia chegar atrasada para a primeira reunião do ano se continuasse enrolando para terminar a escova. Respiro fundo e penso em como trazer a sensação deliciosa das manhãs de férias e dos dias de descanso para minha vida na cidade.
Acordar com o coração e a mente tranquilos, tomar meu café com calma. Respirar tranquilamente, sem aquela adrenalina ruim do estresse. Tentar ser aquela que eu sou nos dias de férias: mais leve e feliz. E percebi que só depende de mim manter esta sensação boa nos próximos 360 dias. Isso é assustador e empolgante ao mesmo tempo,né? Imagina que doideira pensar que depende de mim e de você o que seremos este ano? Acho que é uma responsabilidade que muita gente não gostaria de ter. Porque fica mais fácil culpar o outro para justificar que estamos vivendo uma vidinha “coxinha sem recheio” e que não fazemos nada para mudar isso.
Depois de ter feito minha escova e me arrumado para o primeiro dia de volta à agenda de trabalho, enquanto caminhava em direção ao escritório e trocava as imagens de mar, sol , céu de brigadeiro e água de coco, por carros, arranha-céus e pessoas andando numa pressa frenética pelas ruas, parei e respirei fundo. Falei para mim mesma: não importa o que as pessoas estejam fazendo, nem como esteja o humor delas. Quero continuar com esta sensação boa aqui dentro.
E então, “BIIIIIIIIIII!!!!!” Juro que não estou blefando! Um ser enviado do além, especialmente para me fazer desistir de tudo o que estava planejando para o meu ano, buzinou escandalosamente contra mim, enquanto eu atravessava o farol AINDA VERDE. Olhei para ele e com toda a vontade de mandá-lo à merda, mandei um beijinho e acenei. Ele não entendeu nada, óbvio.
Eu senti orgulho e ri de mim mesma.
Não, aquele troglodita não acabaria com meus Planos. Segui pensando em como minha escova ficou boa, nos planos e em tanta coisa legal que tenho para fazer acontecer neste ano – como não me importar com o que não importa, por exemplo. E continuei com aquela sensação boa que trouxe das férias. Que ela permaneça. E que a gente seja o nosso melhor. Independente de onde ou em qual situação estivermos. Que a gente não gaste tanto tempo penteando os cabelos, se não for para depois bagunçá-los sem culpa. Amém.
Ah, e acompanhe o Plano de Verão e nossas dicas para você ter um corpo saudável e uma vida mais gostosa. Tem muita coisa boa por lá. 😉