Promover a emancipação e o empoderamento das mulheres no Brasil ainda é um desafio constante e as ferramentas de mobilização virtual tem contribuído significativamente para a garantia de direitos. E é na Change.org que elas têm encontrado o solo fértil para provocar mudanças em suas vidas e na de tantas outras pessoas.
Através de um clique, elas provocam transformações e incidem diretamente nas mais diversas causas. E só no Brasil, já são mais de 2 milhões que usam o site diariamente.
É o caso da Ana Paula Leite, de São Paulo que criou um abaixo-assinado exigindo medidas contra o assédio no aplicativo Easy Taxi. Com 27 mil assinaturas e depois de uma intensa mobilização nas redes sociais e na imprensa, a Ana conseguiu que não só ela, mas milhares de mulheres que utilizam taxis tivessem seus números de telefone restrito aos motoristas. Conheça a história.
Outra grande conquista foi a do abaixo-assinado da Daniela Araújo, que com mais 16 mil assinaturas conseguiu que a rede social Facebook retirasse o emoticon “sentindo-se gorda” da sua lista de sentimentos. Para Daniela, em tempos de internet tudo tem um sentido na rede e o emoticon “reforçava a ideia de que se sentir gorda, desconfortável com o próprio corpo, é uma coisa normal e cotidiana”.
A Ana Veloso, do Rio de Janeiro sabe bem o que é lutar pelo direito à educação. Ela é mãe do Pedrinho e há nove meses realizou seu sonho e conseguiu que o filho que tem uma síndrome rara pudesse estudar. As escolas da rede municipal de educação exigiam que Ana pagasse do próprio bolso um profissional para acompanhar a criança durante a aula, já que devido à sua condição ele necessita de cuidados especiais. Ela fez um abaixo-assinado que contou com mais de 23 mil apoiadores e conseguiu o atendimento adequado para o filho. Além disso, graças à mobilização, a prefeitura garantiu o suporte educacional necessário para todas as crianças que tivessem algum tipo de deficiência.
Elas precisam de você…
A Ana Félix, de Ilhabela, interior de São Paulo, faz um apelo quase dramático no abaixo-assinado que criou pedindo à Secretaria de Saúde que ofereça os exames ginecológicos básicos para as mulheres do município. Ana afirma que a espera por um exame simples, que pode inclusive detectar o câncer no estágio inicial leva mais de oito meses para ser realizado. A petição já passou das 40 mil assinaturas.
Já Danielle Fortuna, do Rio de Janeiro, chama atenção para uma questão que muitas vezes passa despercebida por médicos e pacientes. Danielle sofreu consequências graves pelo uso de anticoncepcionais e carrega sequelas até hoje. O pedido dela é para que o Conselho Federal de Medicina recomende a todos os médicos que peçam exames como o de trombose, antes de receitarem a pílula anticoncepcional. A petição já conta com mais de 34 mil assinaturas.
Mirian Kracochansky, também de São Paulo, faz uma reivindicação pertinente em um ano em o Brasil será sede dos Jogos Olímpicos. Ela criou um abaixo-assinado pedindo à Confederação Brasileira de Ciclismo que dê para as mulheres as mesmas chances e modalidades que oferece aos homens nas competições amadoras e profissionais. Mirian que já conseguiu mais de 12 mil assinaturas e ressalta que em 90% das provas de ciclismo no Brasil, o feminino entra como categoria única. Isso quer dizer que mulheres de 18 anos competem com outras de 50. Para os homens, o cuidado é bem maior e as categorias são definidas de cinco em cinco anos.
Assim como a Ana Paula, a Daniela e a Ana Veloso, mulheres como Ana Félix, Danielle e Mirian também podem conquistar a vitória e beneficiar outras milhares pelo Brasil afora.
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