Quando assisti ao discurso de Emma Watson, que foi nomeada embaixadora da boa vontade para a ONU Women, fiquei emocionada e ao mesmo tempo, entusiasmada. O discurso foi sobre a campanha “He For She” que convida os homens a lutar juntamente com as mulheres pela igualdade de gênero.
Genial. É exatamente isso! Os homens precisam estar ao lado das mulheres na busca da igualdade de gêneros e da liberdade de ambos os sexos em serem o que quiserem ser. Isso só faz sentido. Precisamos caminhar lado a lado e sem preconceitos. O feminismo, como Emma bem fala, não tem a ver com ódio para com os homens. Tem a ver com amor. Com compreensão. Com igualdade. É isso que queremos conquistar.
Pensando neste convite lindo e inteligente de Emma aos homens, me lembrei de algumas mães que conheço, todas bem formadas, mas que educam seus filhos de uma maneira TÃO machistinha que embute na mente dos pequenos desde cedo, que existe um muro na vida – separando meninos de meninas. Ensinam que existem algumas tarefas e brincadeiras que não são território de MACHO e assim, destroem a possibilidade de fazer com que seus filhos enxerguem a mulher de forma igualitária.
Muitas delas reproduzem o que suas mães e avós diziam e num ciclo perigosamente vicioso, estas mulheres, mesmo que inconscientemente são responsáveis por criar as impressões de seus filhos em relação às mulheres.
Eu sou mãe de um garoto de 14 anos. E meu filho sempre me viu sair cedo de casa para trabalhar e chegar tarde da noite. Assim como também viu seu pai fazendo o jantar quando chegava mais cedo do trabalho. Desde cedo entendeu que em casa todos têm responsabilidades e precisam dividir tarefas. Ele lava louça, faz comida e o que for preciso para ajudar. Participa. Cresce. E na medida em que cresce, vejo nele um homem gentil, preocupado com o futuro, cheio de inquietações, inteligente e capaz de entender o papel e importância da mulher para a sociedade, para a família.
Eu AMO a ideia de que estou contribuindo para a formação de um cara do bem. De poder mostrar a ele como as mulheres conquistaram espaços importantes, o quanto merecem respeito e como uma relação igualitária entre os sexos é feliz e saudável.
“Que nada nos defina. Que nada nos sujeite. Que a liberdade seja a nossa própria substância.”
Simone de Beauvoir
É essencial que a gente perceba o quão importante é nosso papel como agentes transformadoras na educação e formação de nossos filhos. Incentivá-los a fazer uma tarefa doméstica não diminui em nada a masculinidade deles. Isso só fará com que eles entendam que todos juntos podem fazer muito mais. E assim, gradativamente, formamos homens e mulheres mais cúmplices. A consequência disso é contribuir com o que tanto desejamos: uma sociedade mais justa e igualitária.
não é, filhão?! <3