Estava em um hostel chamado SLUMBER PARTY. Gravem o nome! Enquanto dormia um cara entrou na minha cama e eu acordei com a mão dele dentro de mim. Sim, dentro de mim. Mandei ele sair, chutei e ele disse que ia por o pinto dentro. Chutei o cara e ele saiu. Essa historia já é horrível, mas pra piorar um pouco mais, fui falar com o gerente e ele pediu desculpas, devolveu o dinheiro da segunda noite que já havia pago, mas o da noite em que tudo passou, não. Ok, eu não queria o dinheiro. Mas o melhor foi o pedido no momento em que estava indo embora: por favor, nao fale nada disso nas redes sociais ou em comentários, se quiser diga “um hostel em krabi” porque isso é muito ruim para a gente. Deve ser mesmo, muito ruim pra eles, pra min não. Mas pior ainda é ter pessoas como o indiano que fez isso comigo e como esse gerente de merda que não quer queimar o filme do famoso hostel. Quantas histórias já devem ter sido encobertas para ter apenas críticas positivas né? E que tipo de pessoas são essas? O mundo esta cada vez pior e infelizmente não há lugar que salve. Só espero que isso não me mude para sempre. E sim, poderia ter sido pior.

Bruna Fornasier, é atriz, tem de 25 anos, e estava fazendo uma viagem pela Ásia. Visitou: Hong Kong, Bali, Cingapura, Malásia e quando estava na Tailândia foi abusada sexualmente no hostel em que estava hospedada.

Ela não se calou e fez um post no Facebook e pasmem…o hostel ameaçou processá-la pelo relato público e queimar o filme deles. Pode isso? Sendo que foi pela postagem dela que o criminoso foi localizado.

Na Tailândia ela formalizou a agressão na delegacia, prestou depoimento, passou pelo exame de corpo de delito, falou com um psiquiatra que atestou o abuso sexual. O agressor foi encaminhado à delegacia. Lá ele justificou que estava bêbado, que se sentou apenas na beirada da cama e colocou a mão na perna dela.

Agora o indiano responde processo e poderá ficar um mês preso ou se pagar fiança de cerca de US$ 6 mil aguarda em liberdade o julgamento, so que não pode sair da ilha de Krabi nem do país.

Mas essa violência não vai parar a viagem de Bruna, ela seguirá agora para o Laos, Vietnã e Camboja.

Denunciar pode inibir a ação de estupradores. Eles saberão que as mulheres já não ficarão caladas e eles terão de pagar pelo o que fazem.

Acredito que denunciar ajuda, sim, a diminuir a cultura do estupro.

Quanto mais a palavra estupro sair, mais ajudamos a romper o tabu de falar sobre isso. Quanto mais exposto, mais fácil será combater e caminhar contra a cultura da violação sexual.

Não podemos ter vergonha de “o que as pessoas vão pensar de mim?”, não. Somos vítimas. disse Bruna em entrevista à BBC.

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