O estudo anual divulgado pelo Fórum Econômico Mundial, que analisou 136 países, mostra mais uma vez que os países nórdicos continuam na vanguarda do tema igualdade de gêneros.

Essa tabela elaborada pelo blog Cidadania & Cultura mostra os 10 primeiros colocados no Relatório Global sobre Desigualdade de Gênero 2014.

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Segundo Saadia Zahidi, principal autora do relatório, em entrevista ao jornal BBC, esses países continuam sendo exemplo porque têm uma longa história de reconhecer e investir no talento individual. “Tratam-se de economias pequenas, com populações pequenas. Eles reconhecem que o talento importa e este talento está nos homens e nas mulheres”, afirmou.

Embora do 1 ao 5 sejam países nórdicos, quem impressiona mesmo é essa pequena ilha no Atlântico Norte que foi considerada como o país mais igualitário do mundo por seis anos consecutivos.

Seja bem-vinda à encantadora Islândia!

Quem fala melhor disso é a brasileira Beatriz Portugal, que é jornalista freelancer e reside atualmente no país.

Em seu artigo “Como vivem as mulheres no país mais igualitário do mundo”, ela descreve com riqueza que essa realidade não está apenas em números, mas em atitudes e direitos.

Logo de cara, em seu texto ela aborda um ponto importante: a maternidade.

“Na Islândia, parte-se da premissa de que mãe e pai têm os mesmo direitos. Ganha-se uma licença de nove meses ao todo, três meses para a mãe, três meses para o pai e outros três que podem ser usados e divididos pela mãe e pelo pai do modo que o casal quiser.”

E esse aspecto acaba refletindo na questão profissional. “Caso uma empresa considere o risco de contratar uma mulher, terá de encarar o fato de que o homem apresenta o mesmo risco, ainda mais quando um pai que não usufrui de sua licença paternidade é tido como irresponsável e acaba mal visto pela sociedade.”

Ainda na área profissional, 88% das mulheres em idade economicamente ativa trabalham, a mais alta taxa de participação feminina no mercado de trabalho do mundo.”

Na área política essa ilha impressiona ainda mais. “Metade do gabinete é ocupado por mulheres, além de 43% das cadeiras no Parlamento. O país teve a primeira mulher chefe de Estado eleita democraticamente no mundo (ela era também uma mãe solteira), e conta também com o feito de ter tido a primeira mulher primeira-ministra assumidamente gay do mundo.”

Para a brasileira, o único ponto ainda um pouco desigual é a questão salarial, em que os homens ganham em média 10% a mais.

E para finalizar seu artigo, ele deixa uma frase que deveria ser regra para todo o mundo: “A Islândia é um lugar onde as mulheres não precisam ser como os homens para conseguirem estar em pé de igualdade. Aqui, elas podem ser mulheres do jeito que desejarem ser.”

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