Muitas mulheres hoje não se identificam com os valores de sua organização ou simplesmente não acham que a empresa em que trabalham lhes dá o devido valor, a trata como alguém com características diferentes dos homens. E, por isso, muitas vezes desistem de seguir uma carreira dentro da companhia até se tornarem líderes.

A diretora de Recursos Humanos do Bradesco, Glaucimar Peticov, falou no HSM Women’s Leadership Forum – Mulheres no Poder justamente sobre como as organizações precisam olhar e desenvolver as mulheres e a importância dessas mulheres também entenderem que sua vida profissional não pode estar desconectada com a pessoal.

Glaucimar é uma das maiores autoridades quando o assunto é liderança dentro de corporações e defende que ao potencializarmos o que têm de características positivas, os líderes se auto-empoderam e engrandecem. Para manter esse nível de energia positivo, diz, é preciso saber aonde estão pisando. Ela fala, por exemplo, sobre a necessidade de entender a natureza do negócio da sua empresa, o significado que cada tarefa tem, o padrão de seu time, a sua própria personalidade e aproveitar sua experiência e competências para lidar com os desafios da gestão.

Confira como foram as outras palestras do HSM Women’s Leadership Forum – Mulheres no Poder.

Outro exercício muito importante é exercitar o ‘estar presente’, ou seja, se mostrar para os demais líderes, fazer perguntas, participar, trazer ideias e não se sentir acanhada.

As mulheres têm muito a contribuir para uma organização. Dentre suas características que devem ser valorizadas pelas empresas estão sua facilidade de aproximar relacionamentos internamente; de articulação e mediação; de compreensão das diferenças entre as pessoas; de lidar com emoções; de se atentar a detalhes e fazer tarefas simultaneamente; capacidade de olhar e ouvir caso a caso; sua persistência e a criação de vínculos.

Mas vale lembrar que muitas empresas não se atentam a isso. Não entendem as demandas particulares das mulheres, não dão condições iguais de crescimento e aceitam a diferença e não deixam elas articularem sua vida profissional ou a pessoal.

E claro que há ainda a dificuldade de equilibrar os ‘pratos da vida’: Ser Bem Sucedida Profissionalmente, Ser esposa, Ser filha, Ser Cidadã e Ser Saudável. “Todas essas tarefas exigem alta performance, precisamos lembrar que o tempo é finito e nosso papel é sempre relevante e precisamos entrar em cena”. Não é uma tarefa fácil, diz Glaucimar, mas extremamente necessária para o bem-estar.

Ela deixa ainda uma mensagem para as mulheres procurarem diariamente o humor a felicidade e a leveza em seu trabalho, ainda mais em um ambiente que é conhecidamente competitivo e onde ela sofrerá fortes pressões por resultado. Por isso é tão importante trabalhar com propósitos, em lugares cujos valores são compatíveis e onde permita se realizar.

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