A jornalista americana Claire Shipman compartilhou em sua palestra no Fórum Mulheres no Poder, da HSM, uma realidade assustadora: a Falta de Confiança não é mérito apenas de brasileiras – mulheres de todo o mundo sofrem do mau da subvalorização.

Foi a principal conclusão que ela chegou na apuração dos dois livros dos quais é co-oautora: ‘The Confidence Code, the art and science of self-assurance‘ e ‘Womenomics: A tendência econômica por trás do sucesso pessoal e profissional das mulheres’. Para ela, Confiança é um tipo de energia que nos move para frente e não nos deixa dar passos para trás, extremamente necessária no mundo dos negócios.

Claire alerta especialmente para a questão da baixa confiança no mundo profissional. Ela diz, por exemplo, que diante de uma descrição de vaga de empresa, diferentemente dos homens as mulheres subestimam suas habilidades e acham que seriam uma fraude se conseguirem o cargo. Ela explica que a mulher é muito focada em ser Competente no trabalho, no ambiente familiar, pessoalmente. Mas os líderes mais bem sucedidos são pessoas Autoconfiantes. “A confiança é uma habilidade fundamental para tomar decisões e correr riscos”, comenta.

Confira como foram as outras palestras do HSM Women’s Leadership Forum – Mulheres no Poder.

Durante suas pesquisas ela levantou uma enorme quantidade de dados do mundo inteiro sobre o universo feminino (um verdadeiro Big Data) e, neste processo, ela notou também que mesmo mulheres consideradas poderosas, como a diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, também não dão o merecido crédito a suas realizações. A famosa expressão “Eu estava no lugar certo na hora certa”, que muitas usam para mostrar-se humildes e não arrogantes, esconde, na verdade, uma subvalorização dos méritos próprios, na opinião da jornalista.

A boa notícia é que podemos construir e desenvolver nossa autoconfiança e ela dá ainda algumas dicas:

– Saia da sua zona de conforto;

– Tome mais riscos;

– Se elogie mais;

– Dê mais créditos para você;

– Pare de remoer suposições imaginárias em sua cabeça;

– Faça sua voz ser ouvida;

– Seja autêntica – confiantes não necessariamente são extrovertidos.

Por fim, ela defende que mulheres comecem a assumir seu papel de protagonistas em diretorias de empresas ou na cena política, por exemplo, e deixem de achar que precisam se encaixar dentro de perfis. “Mulheres são, muitas vezes, colocadas em ‘caixinhas’ pelas próprias mulheres e não por homens”, alerta, ao fim.

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