Os segmentos considerados predominantemente masculinos, como o setor automobilístico, começaram a se adaptar para atender a nova realidade: a da mulher consumidora. As montadoras já começaram a ver que o mercado consumidor de automóveis está mudando rapidamente, e as mulheres são peças-chave dessa transformação.

Estudos realizados pela Fiat (2008) mostram que as mulheres já representam 40% da venda total de veículos no Brasil e que elas são responsáveis por 80% da influência na decisão da compra de um veículo.

Não são somente os homens que são apaixonados por carro, as mulheres também são. Mas os motivadores de compra de cada um são diferentes. Pesquisando achei esse texto do autor Luíz Peres, para o site Interpress Motor: “Salta aos olhos a maneira diferenciada como a mulher se relaciona com o automóvel. Enquanto o homem enxerga o lado “carrão”, destacando potência, ronco do motor, rodas de liga leve e outros detalhes que remetem mais ao exterior do veículo, a mulher se preocupa mais com itens mais funcionais e objetivos, como consumo de combustível e facilidades internas, como boa quantidade de porta-objetos ou a presença de luz no espelho do pára-sol. Em outras palavras, quando o assunto é automóvel, a compra da mulher é mais racional, enquanto a do homem é mais emocional.”

As mulheres compram o carro de dentro para fora. São mais criteriosas nos benefícios que o carro vai trazer para facilitar o seu dia-a-dia. Entre os itens citados como decisores de compra estão o espaço interno, quantidade de porta-objetos, questão da visibilidade, facilidade da condução, segurança e design. Além de pequenos detalhes como espelho no para-sol.

Se observarmos estes itens e associá-los com o cotidiano da mulher, conseguimos visualizar o porquê disso. Espaço interno: supermercado, compras, bagagens e filhos. Portas-objeto: cremes, sapato extra, bolsa e guarda-chuva. Visibilidade: facilidade para estacionar. Facilidade de condução: estacionar (quase destroncamos o braço para estacionar carros sem direção).

 “Ela nota itens como a versatilidade para levar as crianças à escola ou para fazer uma viagem com a família", observa Alexander Greif, gerente de produto e mercado da Citroën do Brasil.

Ok! A mulher quer comprar seu carro, pode comprar o carro, mas… Segue a conclusão do diretor de publicidade e marketing de relacionamento da Fiat, João Batista Ciaco: “Uma coisa é certa: mulher não quer seu carro tachado como 'carro de mulher'. A gente tem ações de marketing direto com mulheres, mas não vamos para a mídia falar que determinado carro é de mulher". Claro né João, vocês não querem um carro tachado de “mulherzinha”… será?

Na contramão da estratégia da Fiat temos o caso da Renault. A Renault lançou em 2002 o Clio Sedan O Boticário, o seu carro “mulherzinha”. Toda a comunicação era direcionada para mulheres. O diferencial estava nos bancos aveludados e espelho no quebra-sol. Ma

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