Largar mão da qualidade de vida de Maringá, não foi uma das decisões fáceis da minha vida. Todos os meus amigos, minha melhor amiga, minha paixão por moda, foram deixados por um desejo latente que dizia que eu deveria ir para a cidade grande.

Faz quase dois anos que moro em São Paulo e gostaria de compartilhar as coisas que acontecem no meu coração, “Que só quando cruza a Ipiranga e a Avenida São João” ♪

Quando eu cheguei por aqui eu nada entendi, tantas ruas, casas empilhadas, um visual que em Maringá não se vê. Quem viveu a vida toda em uma cidade planejada, aprende aqui “a dura poesia concreta de tuas esquinas”, e que poesia. Perco nos dedos às vezes que me hipnotizo pelo visual de São Paulo. Aqui é tudo MUITO. Muito trânsito, muita gente, muito trabalho e só quem mora aqui, enxerga no “muito”, o pouco que precisa para ser feliz.

A mulher que mora em São Paulo é plural. Aqui, não há uma referência ou ciclo social, se têm muitos. A cidade ensina a mulher percorrer todos eles com elegância e inteligência. Ensina a mulher a comer BEM (morar numa capital gastronômica é vida!!!). Quando volto para Maringá, se torna nítida a diferença do meu comportamento, meu andar e como o espírito paulistano me envolveu em tudo que faço. São Paulo ensina as mulheres que os homens não são todos iguais. Eles são manos, playboys, executivos, publicitários… Gentis, grossos, frios, pegajosos, tem para todas.

São Paulo apesar de assustadora vista de longe, é a realidade que sempre quis. Não é melhor que outras cidades, ela só é São Paulo. Mulheres multifuncionais aprendem fácil a viver aqui, afinal, se você quiser comprar sabão em pó às 2h da manhã, o Pão de Açúcar está ali pra te receber. Quer marcar uma reunião num café legal, tem o Octávio que se especializou nisso.

Ai São Paulo… Do povo oprimido nas filas, nas vilas, nas favelas, a força da grana que ergue e destrói coisas belas, da feia fumaça que sobe apagando as estrelas…

O medo já foi embora. Hoje ando por aqui toda feliz (com a ajuda do Google Maps), sou uma pseudopaulistana, jeito do “mato” e sem medo, assanhada pela cidade mais sedutora e encantadora, pelo menos para mim.

Parabéns São Paulo, 458 anos seduzindo mulheres de todo Brasil!

 

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